TORNAR-SE PROFESSOR (A) EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA: FORMAÇÃO DOCENTE E LETRAMENTO RACIAL
Educação para as relações etnicos raciais; percusos formativos Narrativa autobiográfica; vida-formação.
Esta pesquisa constitui-se por uma pesquisa-formação, pensando no processo de formação continuada onde podemos podemos sempre está repensando nossa prática. Neste, a pesquisadora assumiu-se como professora–pesquisadora através de um diálogo entre os registros das suas memórias formativas e experiências vivenciadas, num a conversa de “vida – formação” com professoras que atuam numa escola em território quilombola. O aporte teórico escolhido corrobora com o letramento crítico racial, como os pensamentos de Aparecida de Jesus Ferreira, para pensamos sobre a estrutura do racimos, boas lentes de Silvio Almeida e Abdias do Nascimento Nilma Lino Gomes, aspectos da pedagogiadefendida por Paulo Freire. Assim, esta pesquisa defende a educação para as relações étnicos raciais na escola pública, através de experiências de aprendizagens que humanizam os sujeitos envolvidos. Nessa, escrita revivo as minhas experiencias formativas como processo de formação continua, o ser professora e pesquisadora que constituem a autora. A metodologia é a narrativa autobiográfica, visto que possibilita relacionar teoria e prática. A questão que norteia é: como acontecem as formações continuadas para os professores que atuam na Escola Municipal Nelson Borges Montenegro, tendo em vista, ao título de reconhecimento da comunidade de Picadas, como remanescentes de quilombolas, estando localizada no município de Ipanguaçu/RN? A partir disso, o objetivo geral ficou definido:Compreender como professoras de uma comunidade quilombola representam, em narrativas autobiográficas, suas histórias de profissionalização e processos de formação docente, sobretudo no campo das relações étnico raciais”. Para tanto, o texto percorre caminhos específicos que abordam a importância de: 1. Reconhecer a relevância social, política para educação das relações étnicos raciais na escola pública; 2. Identificar algumas características da comunidade e a atuação dos professores que atuam em uma escola em território quilombola; e, por fim: 3. Explanar sobre a interlocução entre a formação continuada e a atuação do professor. Ressalta-se aqui a importância do fazer-reflexivo, a proposta não é encontrar respostas prontas acabas, e sim, permitir ao leitor e a novas perguntas dentro da presente temática. Trazendo novas reflexões no âmbito da educação para as relações étnicos racial e da formação continuada, este é considerado pela autora um trabalho finito, pois defende a inconclusão, uma vez que se reconhece sujeito em constante formação, e por isso, novos caminhos e outras perguntas continuarão a movimentar sua ação pedagógica e de pesquisa.