MARX NA SALA DE AULA: DA AUSÊNCIA DO CONCEITO DE TRABALHO ALIENADO NO NOVO ENSINO MÉDIO
Marx; Trabalho; Educação; Alienação.
O presente trabalho tem como objetivo analisar a ausência do conceito de trabalho alienado no Novo Ensino Médio a partir do livro didático de Filosofia. A educação, sem via de dúvidas, sempre desempenhou importantes funcionalidades, que a configuram como meio de construção e circulação de saberes, como dispositivo ideológico de formação social, espiritual, política e cultural. Atualmente, a educação além de aderir à política neoliberal, inseriu o modelo tecnicista com o objetivo de adequar a escola ao sistema empresarial, direcionando-se aos anseios e as necessidades do mundo do trabalho, conforme os interesses e exigências do capital. Por essa perspectiva, a educação deixa de ser um bem comum para ser um bem privado, de caráter neoliberal, uma mercadoria, um objeto. É com clareza e evidência que se percebe um sistema econômico educacional comprometido com as necessidades de um saber instrumental e científico neoliberal. Dessa forma, se faz necessária a ampliação de reflexões pautadas na construção de uma consciência crítica e autônoma dos educandos que objetive uma formação emancipatória. Isso pode ser levado a cabo por meio do pensamento marxiano, que consiste em mostrar através do método materialista que as condições materiais, como a produção e a distribuição de bens, moldam a estrutura social, política e cultural de uma sociedade. Assim, o que se objetiva com a pesquisa em foco é a ampliação do espaço de mediação de saberes filosóficos no chão da sala de aula, onde o conhecimento livre potencialize a criatividade dos alunos e alunas, sua capacidade de criação e reinvenção para a efetivação desse conhecimento em seu mundo social, uma vez que o próprio Karl Marx prega em suas análises uma educação laica, humanista e emancipatória, que trabalha com uma forma de conhecimento que permite uma integração com o todo, com o universal.