Banca de DEFESA: RONALDO RODRIGUES DA SILVA BARRETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RONALDO RODRIGUES DA SILVA BARRETO
DATA : 30/08/2024
HORA: 14:30
LOCAL: UERN / FALA / PPCL
TÍTULO:

MACHADO DE ASSIS E MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS: O ATIVISMO RACIAL ESTRATÉGICO DO GÊNIO LITERÁRIO NEGRO


PALAVRAS-CHAVES:

Machado de Assis; escritor negro; escravidão; crítica; cultura.


PÁGINAS: 132
RESUMO:

A escrita ficcional machadiana é considerada por muitos estudiosos da Literatura
uma forma de crítica à alta sociedade oitocentista que existia no período do império
brasileiro sediado na Corte do Rio de Janeiro no final do século XIX. Contudo, o
grande literário vindo do subúrbio carioca tinha uma forma peculiar e sutil para
criticar essa elite poderosa. Tal particularidade é posta em prática no romance
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) quase que de maneira imperceptível.
Nesse ínterim, a presente pesquisa tem por objetivo discutir pela via dos estudos
decoloniais a maneira como Machado de Assis fazia a partir do romance citado
denúncias à elite racista-escravista e ao sistema econômico baseado na
escravização de pessoas pela cor de sua pele. Para isso, abordaremos aspectos da
fortuna crítica machadiana distanciando-nos do padrão de influência eurocêntrica
sendo o mais prestigiado pela academia. Aproximando-nos dos estudos literários
dos intelectuais mais próximos da época de Machado como Araripe Júnior (1990) e
Manoel Bomfim (1905, 2008), até chegarmos mais atualmente às ponderações
críticas da professora Flora Süssekind (1990, 2002), além da valorosa contribuição
de Machado como crítico literário (1858,1864,1873, 1994). Metodologicamente,
realizaremos uma pesquisa bibliográfica para o agregamento de aparatos teóricos
decoloniais necessários à análise literária e do objeto de estudo. Apresentaremos
como arcabouço de referenciação teórica espraiado nas contribuições das questões
raciais debatidas pelo filósofo e psiquiatra martinicano Frantz Fanon (1952, 1961,
1968, 2008); e pesquisas sociais do intelectual potiguar Jessé Souza (2017, 2018).
Por último, faremos uma aprofundada análise literária interpretativa dos capítulos
relevantes na obra em estudo em consonância às ideias e teorias abordadas.
Finalizando com algumas considerações levantadas até o momento, referentes ao
estratégico ativismo de Machado contra a escravidão dentro de um de seus
romances mais emblemáticos.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FERNANDA CARDOSO NUNES - UECE
Presidente - 11063 - LEILA MARIA DE ARAUJO TABOSA
Interno - 6103 - SEBASTIÃO MARQUES CARDOSO
Notícia cadastrada em: 31/07/2024 16:30
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