Banca de DEFESA: BEATRIZ PINHEIRO LUCENA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BEATRIZ PINHEIRO LUCENA
DATA : 30/08/2024
HORA: 10:00
LOCAL: UERN / FALA / PPCL
TÍTULO:

A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM O CONTO “MARIA”, DE CONCEIÇÃO EVARISTO, EM UMA TURMA DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO: PRÁTICAS DE REESCRITA CONECTADAS A UMA PERSPECTIVA ÉTNICO-RACIAL


PALAVRAS-CHAVES:

Reescrita; conto; gênero; raça; sequência didática.


PÁGINAS: 210
RESUMO:

Esta pesquisa busca analisar uma proposta de sequência didática (SD) com o conto “Maria”, de
Conceição Evaristo, presente na obra Olhos d’água (2016). Objetivamos perceber como o
processo de reescrita pode contribuir para a construção da autoria crítica e autônoma do(a)
estudante, do 2o ano do Ensino Médio, conectado a uma perspectiva étnico-racial. No conto
“Maria”, a narradora denuncia o racismo e a condição da mulher negra no Brasil, temáticas da
produção prevista na SD. Como fundamentação teórica, este trabalho se vale dos estudos de
reescrita (Fiad, 2006; Antunes, 2003), do gênero “conto” (Gotlib, 1990; Moisés, 1967; Junior,
2009), da teoria e método da sequência didática (Dolz, Noverraz e Schneuwly, 2004), bem
como do Círculo de Cultura (Freire, 1979) e das concepções de gênero e raça, advindas dos
feminismos negros e decolonial (Gonzalez, 2011; 1984; Kilomba, 2021; Mbembe, 2018; hooks,
2020; 2018). O estudo orienta-se pela abordagem qualitativa e quantitativa, sendo delineado
pela pesquisa de campo e ação. Dentre os resultados obtidos, nosso estudo demostrou a
possibilidade de um ensino de Língua Portuguesa voltado para a autoria crítica, autônoma e
política. Ao retomar seu texto para ver o que poderia ser melhorado, o(a) discente sente-se, e
atua, como sujeito de seu dizer. A reescrita, portanto, tem um papel fundamental na construção
da autoria crítica. Também foi comprovado ser possível a aplicação de um projeto de classe que
assegura a lei 11.645, de 10 março de 2008, considerando os diferentes sujeitos que compõem
o contexto escolar, a partir da escuta de suas vozes. Constatamos que o conto “Maria”, escrito
por uma mulher negra, oportunizou que educandos(as) negros(as) sintam-se representados(as),
e que brancos(as) percebam seu privilégio social, o que colaborou para a formação ética da
turma. Acreditamos, assim, que esta pesquisa, contribui de forma significativa para o ensino de
Língua Portuguesa, oferecendo ao(a) professor(a) do nível médio base teórica e metodológica.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ADY CANÁRIO DE SOUZA ESTEVÃO - UFERSA
Interna - 8031 - DAIANY FERREIRA DANTAS
Presidente - 5378 - VERONICA PALMIRA SALME DE ARAGÃO
Notícia cadastrada em: 31/07/2024 16:24
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