Banca de DEFESA: MONALISA TAVARES PEREIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MONALISA TAVARES PEREIRA DA SILVA
DATA : 16/04/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (PPCL)
TÍTULO:

NÃO É AMOR: O RETRATO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NO DISCURSO PUBLICITÁRIO NO YOUTUBE

PALAVRAS-CHAVES:

Discurso. Poder. Violência. Mulher.

PÁGINAS: 110
RESUMO:

Este trabalho, inserido na linha de pesquisa Linguagens e práticas sociais do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), tem como título Não é amor: o retrato da violência contra a mulher no discurso publicitário no YouTube. A fim de centralizar nossa pesquisa, estabelecemos a seguinte questão problema: De que forma dispositivos estratégicos de poder e os jogos de memória se perfazem na materialização do discurso publicitário que circulam pelo youtube e denunciam a violência doméstica contra a mulher? Intencionamos, desta forma, como objetivo primeiro, analisar as relações de poder e os jogos de memória que se materializam no discurso publicitário, no youtube, o qual aborda a temática da violência doméstica e familiar contra a mulher. Para cumprirmos com o objetivo geral desta pesquisa, elencamos 4 objetivos específicos: 1º) Descrever as peças publicitárias a partir do corpus coletado por meio do YouTube; 2º) Interpretar as vontades de verdade dos sujeitos envolvidos nos casos; 3º) Apontar as técnicas do biopoder e da biopolítica no combate à violência contra a mulher e 4º) Averiguar a constituição do sujeito discursivo que se apresenta nos discursos proferidos. O suporte teórico que respalda o estudo foi estabelecido a partir do método arqueogenealógico de Michel Foucault (1979; 1988; 1995; 2008), sobretudo, com os conceitos sobre sujeito, discurso, poder, saber, vontade de verdade, memória discursiva, resistência e formação discursiva, do campo de pesquisa da Análise do Discurso de tradição francesa. Além de Foucault, em nosso referencial teórico, traremos também Gregolin (1995), Fernandes (2007), Orlandi (2005), Tavares (2012) e Carvalho (2008). E ainda Perrot (2016) e Colling (2004) que surgem para fazer uma abordagem sobre as perspectivas das questões de gênero, bem como sobre a história das mulheres. Em relação à historicidade do feminismo, nos apoiamos em Miguel e Biroli (2014). O corpus deste trabalho integra-se de 2 (duas) peças publicitárias distintas que denunciam casos de violência doméstica no Brasil, veiculadas entre os anos de 2020 e 2023 na plataforma Youtube. Como resultado de nossas análises, auferimos que, mesmo apesar da exposição da problemática da violência contra a mulher, sendo esta ainda mais visível através do recurso midiático, o poder do homem sobre o corpo feminino ainda demonstra uma relação de controle e subjugação, na tentativa de fabricar os corpos dóceis.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ADY CANÁRIO DE SOUZA ESTEVÃO - UFERSA
Interno - 1229 - FRANCISCO PAULO DA SILVA
Presidente - 2489 - LUCIA HELENA MEDEIROS DA CUNHA