FATORES ASSOCIADOS AO DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO NO BRASIL: EVIDÊNCIAS DE UM ESTUDO DE SOBREVIVÊNCIA ENTRE HOMENS E MULHERES
Diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica; Análise de Sobrevivência; Modelo de Risco Proporcional de Cox.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema que impacta um amplo grupo de pessoas ao redor do mundo, sendo um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que resultam em altas taxas de morbidade e mortalidade. Esta situação pode levar a complicações graves, tais como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal, gerando efeitos significativos na saúde pública e na qualidade de vida da população. Nesse sentido, nosso objetivo neste trabalho é identificar os fatores que influenciam o tempo de diagnóstico de hipertensão. Para execução deste trabalho, selecionamos a classe de modelos de regressão para dados de sobrevivência baseados nos trabalhos seminais de Kaplan e Meier (1958) e de Cox (1972). Conforme destacam Fávero e Belfiore (2017), esses modelos têm como finalidade analisar a probabilidade de ocorrência de um evento em determinado período de monitoramento em função de uma ou mais variáveis preditoras. Para isso, segundo HY et al. (2021), o modelo de Cox de risco proporcional é justificado para a avaliação do tempo até o diagnóstico de hipertensão por diversas razões. Entre elas, podemos mencionar que o modelo não assume uma distribuição específica para o tempo até o evento, o que o torna adaptável a diversos contextos clínicos. Ele permite a inclusão de várias covariáveis, facilitando a identificação de fatores que afetam o risco de desenvolvimento de hipertensão ao longo do tempo. Os resultados são apresentados em termos de razões de risco (hazard ratios), que são de fácil interpretação. A principal contribuição desse estudo é enriquecer a discussão e fornecer informações relevantes para a literatura sobre saúde pública e economia da saúde.