PALEOPATOLOGIAS EM MAMÍFEROS QUATERNÁRIOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO, MUNICÍPIO DE CARUARU: DIAGNÓSTICOS, IMPLICAÇÕES PALEOAMBIENTAIS E ECOLÓGICAS
Paleopatologia; Paleoecologia; Paleoambiente; Megafauna; Quaternário.
Abordagens importantes – como a paleopatologia – ainda são incipientes para alguns grupos da Megafauna Quaternária (e.g. toxodontes, macrauquênias, mastodontes) da Região Intertropical Brasileira (RIB). As enfermidades foram originadas em um contexto ecológico, estando relacionadas com a autoecologia dos indivíduos, e fatores ambientais inter-relacionados também podem ter contribuído na incidência de doenças, desencadeando distúrbios metabólicos patológicos. Objetivo deste trabalho é analisar alterações patológicas em fósseis de mamíferos Quaternários, e discutir suas implicações ecológicas, ambientais e em termos da distribuição das doenças na megafauna durante o período Quaternário na RIB. Os materiais a serem analisados pertencem à coleção de Paleontologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e foram coletados em um depósito de tanque localizado em Serra do Medo - Caruaru, Estado de Pernambuco (8°6.8225'S 36°6.0349'W). Os espécimes foram analisados macroscopicamente. O diagnóstico seguiu conforme literatura específica. Foram identificadas novas ocorrências de Espondiloartropatia, infecção óssea e doença por deposição de pirofosfato de cálcio em representantes da Megafauna da RIB, além de ser o primeiro registro de neoplasia beigna e depressão articular em animais da Megafauna. Foi possível inferir correlações entre informações paleoecológicas/paleambientais com novos achados paleopatológicos, corroborando para o entendimento futuro das principais causas de mamíferos pleistocênicos manifestarem tais doenças.