ELETROANÁLISE DE HIDROXICLOROQUINA EM ÁGUA DE RIO USANDO ELETRODO IMPRESSO DE CARBONO MODIFICADO COM NANOPARTÍCULAS DE PRATA
Eletrodo descartável; determinação de hidroxicloroquina; sensor eletroquímico.
A hidroxicloroquina (HCQ) faz parte do grupo 4-aminoquinolinas e é usada na prevenção de várias doenças como a malária e doenças dermatológicas. Grandes quantidades de HCQ são utilizadas em todo o mundo devido as suas amplas características. Mas seu grande uso pode ocasionar a contaminação de sistemas aquáticos. Assim, o diagnóstico e monitoramento da sua concentração em águas de rio e de consumo humano é muito importante. Atualmente, as análises de HCQ têm sido feitas por meio de técnicas cromatográficas ou espectrométricas, porém, essas técnicas possuem algumas desvantagens como alto custo, preparação da amostra e as medidas não podem ser feitas in loco. Alternativamente, os métodos eletroquímicos são promissores por suas vantagens, como simplicidade, sensibilidade, baixo custo, miniaturização e as análises podem ser feitas in loco. Neste trabalho foi desenvolvida uma metodologia eletroanalítica para determinação de HCQ em água de rio, usando eletrodos impressos de carbono modificados com nanopartículas de prata (EIC/AgNPs). A caracterização eletroquímica da HCQ sobre o EIC/AgNPs foi feita usando voltametria cíclica e a análise usando cronoamperometria; o efeito do pH foi avaliado (2,0, 4,0, 6,0, 7,0, 8,0, 10,0 e 12,0), mostrando que o processo eletroquímico é dependente do pH e mostra-se reprodutível em pH mais ácido. Um estudo de variação de velocidade de varredura (v = 10, 25, 50, 100, 250 e 500 mV s-1), foi feito para avaliar o grau de reversibilidade e o transporte de massa do sensor. Foi observado que o processo é irreversível e que o processo redox do HCQ em EIC/AgNPs foi controlado por difusão. O procedimento analítico mostrou-se sensível, com limites de detecção e quantificação de 7,2x10-8 mol L-1 e 2,4x10-7 mol L-1, respectivamente. O método foi aplicado com êxito na determinação de HCQ em amostras de água de rio contaminada, com valores de recuperação variando entre 97,5% e 104%.