A DIFÍCIL DEMOCRACIA NAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DA 12ª DIREC - RN: AVANÇOS E RECUOS NAS ELEIÇÕES PARA DIRETORES
Democracia. Gestão democrática. Participação. Eleições diretas.
No atual cenário político-social, a configuração da democracia tem demonstrado que alguns cidadãos estão insatisfeitos, o que tem desencadeado a desilusão democrática. Os efeitos desse movimento têm refletido no espaço escolar, compreendido como um lugar de representação social em que a democracia e a participação se concretizam em diferentes processos institucionais. Este estudo tem como pergunta de partida: por que é tão difícil o processo de formação de candidaturas ao cargo de diretores de escolas públicas estaduais da 12ª DIREC-RN? Nesse sentido, o objetivo é analisar fatores que dificultam a formação de chapas para concorrer às funções de diretor e vice-diretor em escolas públicas estaduais sob a circunscrição da 12ª DIREC-RN. A metodologia adotada é do tipo qualitativa, utilizando como procedimentos de pesquisa a revisão bibliográfica, a análise documental, a aplicação de questionário e a realização de entrevista semiestruturada. Para a organização e a interpretação dos dados utiliza técnicas orientadas pela análise de conteúdo: leitura flutuante, codificação, unidades de registros, unidades de sentido e inferências (BARDIN, 1977). A análise constituiu-se da triangulação entre os dados obtidos com o aprofundamento dos documentos e de autores estudados, que apontaram como principais fatores que dificultam a formação de chapas: o excesso de responsabilidades do gestor, o déficit da gratificação, a falta de condições de trabalho para o exercício da função, além das dificuldades de convívio com o dissenso. Assim, conclui-se que a defesa da continuidade das eleições diretas para diretores das escolas da rede estadual de ensino do RN exige uma mobilização em torno das condições necessárias para a efetivação da democracia na escola.