FORÇA MUSCULAR E EQUILÍBRIO FUNCIONAL: fatores associados ao risco de quedas em idosos comunitários
Equilíbrio; Força Muscular; Idosos; Quedas.
O processo de envelhecimento humano é caracterizado por mudanças morfofisiológicas que impactam a força muscular, o equilíbrio e a mobilidade dos idosos, influenciando na postura adotada e no modo de caminhar. Isso está ligado às quedas, que são um fator desencadeante de lesões, sendo de interesse comum para todos os profissionais de saúde que lidam com o envelhecimento humano. O objetivo principal deste estudo foi analisar o risco de quedas e sua associação com a força muscular e equilíbrio funcional de idosos comunitários. Esta pesquisa, de caráter descritivo com abordagem transversal, foi realizada com 164 idosos comunitários de ambos os sexos, com uma idade média de 63,6±2,4 anos, cadastrados na Unidade Básica de Saúde Sinharinha Borges, localizada na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. A amostra foi submetida a testes clínicos e funcionais específicos, tais como: perfil cognitivo pelo Mini-Exame do Estado Mental; avaliação física acerca da força muscular de membros superiores e inferiores através dos testes de flexão de braço, bem como de levantar da cadeira; verificação do controle postural pela Escala de Equilíbrio de Berg; além do cálculo do Índice de Possibilidade de Quedas. Em geral, os achados deste estudo indicaram que a força muscular dos idosos examinados varia de muito fraca a regular (r=-0,075; p<0,617). Contudo, ao avaliar o equilíbrio, a maior parte da amostra alcançou uma pontuação satisfatória (r=0,152; p<0,272). Ao examinar detalhadamente a chance de quedas, considerando os valores médios, notou-se que este conjunto de idosos comunitários tinha uma baixa propensão a quedas. Assim, com base nos resultados das correlações examinadas, diferentemente das variáveis força muscular e equilíbrio dos idosos avaliados, nota-se uma correlação moderada e significativa (r=0,596; p<0,001) entre a variável quedas nos últimos seis meses e o índice de risco de quedas, indicando que ter caído, aumenta a probabilidade de novas quedas. Portanto, conclui-se que não houve relação do risco de quedas com a força muscular e equilíbrio.