Banca de QUALIFICAÇÃO: WILLIAN ANDRADE SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILLIAN ANDRADE SILVA
DATA : 17/10/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconfência
TÍTULO:

A aporofobia, a produção da violência e a coragem da verdade: análise da constituição discursiva do Padre Júlio Lancellotti 


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso. Aporofobia. Violência. Coragem da verdade. Júlio Lancelotti.


PÁGINAS: 60
RESUMO:

Em um mundo em que a desigualdade social tem aumentado em larga escala, as discussões sobre a pobreza têm ganhado visibilidade nas redes sociais digitais. Com isso, pode-se depreender que os acontecimentos em torno da aporofobia, isto é, a aversão ou desprezo ao sujeito pobre, emergem como condições que se materializam nas publicações nas redes sociais e estas discursividades fazem compreender as relações entre o saber e o poder que se voltam à pobreza. Deste modo, este estudo tem como objetivo geral analisar a constituição discursiva do padre Júlio Lancellotti a partir das relações entre o funcionamento da aporofobia, a produção discursiva da violência e a coragem da verdade. Como objetivos específicos: i) examinar como a aporofobia é construída como um objeto de discurso da atualidade e como isso repercute em materialidades discursivas presentes nas redes sociais, notadamente do padre Júlio Lancellotti; ii) descrever as estratégias discursivas demandadas pela extrema direita brasileira para a produção da violência contra o padre Júlio Lancellotti nas redes sociais digitais; e iii) investigar a coragem da verdade nos discursos e práticas que circunscrevem o ativismo do padre Júlio Lancellotti em prol dos pobres e desassistidos. O olhar se volta para o pároco como sujeito capaz de resistir às estruturas de poder que se estabelecem social, econômico e religioso, visto que tais condutas podem ser compreendidas como uma prática de si e que (re)constroem posições e que se revelam sob suas ações. A pesquisa se baseia nas contribuições postuladas por Michel Foucault (2000; 2004; 2006; 2008; 2014; 2020; 2023), Cortina (2020) sobre a aporofobia, D´ancona (2018); Curcino, Sargentini e Piovezzani (2021) acerca da pós-verdade, Arendt (2022) e Zizej (2015) que tratam sobre a violência e outros autores que complementarão a análise. Os dados preliminares apontam que as práticas discursivas a respeito da violência contra a figura do padre Júlio Lancellotti resultam da sua constituição enquanto sujeito parresiasta, uma vez que se solidariza e ao mesmo tempo denuncia as mazelas as quais se direcionam para a população carente. Além disso, depreende-se que o modus operandi da extrema direita brasileira, ao basear-se na produção massiva da desinformação, produz discursos violentos contra o padre, que é concebido como comunista ou defensor dos moradores de rua que são vistos como usuários de drogas. Por esta razão, a coragem da verdade do padre emerge em meio às denúncias em que este revela para a população ações por parte dos órgãos públicos, a fim de conscientizar a população sobre a necessidade de acolher e de ajudar os menos favorecidos, em virtude do caos e da afetividade dos corpos que foram/são excluídos de sua existência.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOCENILSON RIBEIRO DOS SANTOS - UFS
Presidente - 074.594.844-82 - FRANCISCO VIEIRA DA SILVA - UFERSA
Interna - 5364 - MARIA ELIZA FREITAS DO NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 16/10/2024 21:11
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