Banca de DEFESA: MÉRCIA MOURA ALVES DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MÉRCIA MOURA ALVES DA COSTA
DATA : 28/03/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:

NAS FRONTEIRAS DA ALUCINAÇÃO: FIGURAÇÕES DA DECADÊNCIA PATRIARCAL EM GALILEIA, DE RONALDO CORREIA DE BRITO


PALAVRAS-CHAVES:

Decadência. Sertão. Transição e Modernidade. Família Rego Castro.


PÁGINAS: 98
RESUMO:

A presente pesquisa objetiva elucidar no romance Galileia (2008), de Ronaldo Correia de Brito, como a família Rego Castro, partindo da figura do patriarca Raimundo Caetano e da sua estirpe, personifica a metáfora da decadência que reflete no próprio sistema social mais amplo, o patriarcalismo, uma vez que a família é símbolo dessa instituição. Visualizando o deterioramento da fazenda Galileia e, consequentemente dos Rego Castro, a partir da doença que apodrece e arruína a carne do patriarca. Para isso, partimos da discussão do sertão nordestino como espaço simbólico, transitando entre o tradicional e o moderno, em decorrência de uma globalização tardia, refletindo em um processo de decadência que parte desde uma fragilização inicial, ocorrida ainda no tempo da dita grandiosidade das extensas lavouras da aristocracia rural, até deter-se em uma escassez de poder. Diante disso, caminhamos pelo conceito de Nordeste enquanto região gestada, discutido pelo historiador brasileiro Albuquerque Jr. (2008, 2011, 2013). Percorrendo outros itinerários, com o intuito de compreender a região e os sujeitos que ali se afirmavam, enveredamos a discussão através de Gilberto Freyre (2013), Muirakytan K. de Macêdo (2021), Djacir Menezes (2018), entre outros. Para além desses pressupostos, direcionamos o olhar para os personagens Natan, Salomão e Josafá – a progênie de Raimundo Caetano, analisando se deles emana resquícios de poder e de um antigo orgulho pela posição outrora ocupada pela figura do pai, patriarca da família. Ademais, o feminino presente na narrativa é vislumbrado a partir de um percurso gradativo que discute, inicialmente, os pequenos extravasamentos de mulheres silenciosas que explodem em adereços distribuídos pela casa, adornando o ambiente austero. Em seguida, a ideia de rompimento das prisões simbólicas, das fronteiras que limitavam e cerceavam o espaço feminino, ganha proporção no decorrer do texto. Mergulhamos na complexidade das personagens Maria Raquel e Tereza Araújo, que se destacam no romance, a fim de observar as nuances entre essas duas figuras e, para isso, apoiamo-nos nos estudos de Perrot (2022) e Oyěwùmí (2021). No mais, a memória da família Rego Castro torna-se um importante elemento quando nos detemos em relação à figura do narrador, Adonias, neto do patriarca Raimundo Caetano, posicionado à categoria de guardião das memórias. Compreendendo a família enquanto grupo e a fazenda Galileia como local de estímulo das lembranças, orientamo-nos, para essa discussão, a partir das considerações de Maurice Halbwachs (1990) e Michael Pollak (1992).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1822 - MANOEL FREIRE RODRIGUES
Interno - 3338 - RONIE RODRIGUES DA SILVA
Externo à Instituição - Sérgio Freire - UFPA
Notícia cadastrada em: 19/03/2025 15:30
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