Banca de DEFESA: NATAN SEVERO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NATAN SEVERO DE SOUSA
DATA : 26/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Qualificação remota
TÍTULO:

VOZES SILENCIADAS E CORPOS CONTROLADOS: UMA ANÁLISE BIOPOLÍTICA DAS PEÇAS O RATO NO MURO E AS AVES DA NOITE DE HILDA HILST


PALAVRAS-CHAVES:

Hilda Hilst; teatro brasileiro; repressão; biopolítica; silenciamento.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

Hilda Hilst foi uma das escritoras mais versáteis e provocativas da literatura brasileira, transitando entre
poesia, prosa e teatro, abordando questões profundas sobre a condição humana, de modo geral. Sua obra
teatral, especialmente em tempos de repressão política no Brasil, serviu como uma forma de resistência e
denúncia das estruturas opressoras da sociedade. As peças O Rato no Muro e As Aves da Noite,
respectivamente escritas em 1967 e 1968, constituem o corpus deste trabalho e ilustram como o poder
estabelecido exerce controle sobre os corpos e silencia as vozes, destacando-se como exemplos de uma
literatura engajada que utiliza a linguagem dramatúrgica para abordar questões de biopolítica e
necropolítica. Nesse contexto, a análise dessas obras oferece uma oportunidade valiosa para se refletir sobre
os impactos das práticas repressivas no âmbito social e cultural. Ao conectar a experiência histórica
brasileira às discussões teóricas contemporâneas sobre biopolítica e necropolítica, este estudo ressalta a
importância do teatro como veículo para a crítica social e a resistência artística. Isso também permite
revisitar a produção de Hilst sob uma ótica que evidencie sua relevância enquanto voz feminina em um
período marcado pelo autoritarismo. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo geral analisar, à luz da
biopolítica e necropolítica, como as peças O Rato no Muro e As Aves da Noite de Hilda Hilst retratam a
repressão, o controle dos corpos e o silenciamento das vozes em tempos de repressão política no Brasil.
Como objetivos específicos, se propõe a discutir a contribuição de Hilda Hilst como uma voz feminina no
teatro brasileiro, com enfoque na crítica social e na denúncia contra regimes repressivos; investigar a
representação de corpos disciplinados e vozes silenciadas nas peças O Rato no Muro e As Aves da Noite, destacando os mecanismos de controle e repressão; e relacionar os conceitos de biopolítica e necropolítica à análise do controle dos corpos e da subjetividade nas referidas obras teatrais de Hilda Hilst. Como

metodologia foi utilizada a pesquisa bibliográfica qualitativa, norteada, sobretudo, em uma ótica
foucaultiana, ao discutir-se as noções de (bio)poder, disciplina e controle. Para isso, o aporte teórico de
Althusser (1996), Ball (2008), Cunha (2017), Foucault (1996; 1999; 2007), Jacomel (2008), Magaldi (1998),
Mbembe (2018), Orlandi (2007), Pallottini (2015), Pascolati (2009), Pavis (1999), Prado (2000), Rodrigues
(2010), Rosenfeld (1969), Ubersfeld (2013), Waldman (2012), entre outros, constitui-se como essenciais às
discussões. A análise dessas obras é relevante porque permite compreender como o teatro brasileiro, por
meio da voz singular de Hilda Hilst, denuncia e reflete as dinâmicas de poder e dominação em períodos de
repressão política. Além disso, o estudo contribui para o debate sobre o papel da arte na exposição e
questionamento de práticas que disciplinam corpos e silenciam vozes, oferecendo uma perspectiva crítica
essencial para entender os efeitos do controle biopolítico e necropolítico na sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 12610 - BEATRIZ PAZINI FERREIRA
Interno - 1822 - MANOEL FREIRE RODRIGUES
Externo à Instituição - AURÍBIO FARIAS CONCEIÇÃO - UEPB
Notícia cadastrada em: 19/03/2025 15:30
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UERN - (84) 3315-2222 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - app02-uern.info.ufrn.br.app02-uern