Banca de QUALIFICAÇÃO: DAYSA REGO DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DAYSA REGO DE LIMA
DATA : 03/04/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente virtual (Google Meet)
TÍTULO:

O imaginário mítico no sertão de Guimarães Rosa: um estudo de quatro contos. 


PALAVRAS-CHAVES:

João Guimarães Rosa. Contos. Mito. Sertão.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

 

O mito é um assunto que pertence a um extenso campo do saber, e tem despertado desde os tempos mais remotos até a contemporaneidade o interesse de estudiosos de diversas áreas do conhecimento. Um tema expressivo para os estudos literários, porém, no que se refere aos contos de João Guimarães Rosa, nota-se, ainda, que não foram suficientemente explorados, sendo o trabalho de Walnice Nogueira Galvão Mitológica Rosiana (1978), uma das melhores incursões brasileiras no estudo do mito na contística rosiana. Na literatura de Guimarães Rosa, o mito impulsiona importantes questionamentos para o entendimento da poética do autor. Na ampla fortuna crítica de Rosa, ainda notamos uma predileção pelo direcionamento do estudo do mito para o Grande Sertão: Veredas, obra célebre e único romance do autor. Porém, no que concerne aos contos, foram pouco explorados e, por isso, ainda não alcançaram o devido reconhecimento pelos estudos críticos, permitindo um entendimento mais profundo do tema na ficção rosiana. Nessa perspectiva, objetivamos, nesta tese, analisar um conto integrante das obras Sagarana (1946), Primeiras estórias (1962), Tutaméia: terceiras estórias (1967) e Estas estórias (1969), de Guimarães Rosa, dando ênfase à análise do mito e seus aspectos correlatos. Trata-se de uma leitura crítico-comparativa de quatro contos, sendo “Corpo fechado” de Sagarana; “A menina de lá” de Primeiras estórias; “Arroio-das-Antas” de Tutaméia: terceiras estórias e “Meu Tio o Iauaretê” de Estas estórias. Para esse intuito, consideramos fundamentais os estudos de Eliade (1972, 1992; 2008), Cavalcanti (2008), Campbell (1991; 2004), Barthes (2001) e Mielietinski (1987), dentre outros estudiosos que nortearão a discussão sobre as teorias do mito. Também são pertinentes as contribuições de Coutinho (1991), Galvão (2000; 2006), Rónai (1991; 2005), Nunes (2009), sobre as noções do mito e seus aspectos correlatos na ficção rosiana, e as perspectivas de Candido (1989; 1991), Martins (1994), Fantini (2003) e Bosi (1994) sobre a prosa poética de Guimarães Rosa. A partir da abordagem comparativa, constatamos o mito como uma temática expressiva para a compreensão da literatura rosiana, especialmente as metáforas relacionadas a noção do mito no imaginário no Sertão rosiano, a mitificação e mistificação na representação do homem do sertão e a vinculação de elementos míticos, religiosos e ideológicos na caracterização da poética rosiana.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3338 - RONIE RODRIGUES DA SILVA
Interna - 5372 - ANTONIA MARLY MOURA DA SILVA
Interna - 5329 - MARIA APARECIDA DA COSTA
Externo ao Programa - 12595 - FRANCISCO EDSON GONÇALVES LEITE
Externo à Instituição - FRANCISCO AEDSON DE SOUZA OLIVEIRA - UFERSA
Notícia cadastrada em: 02/04/2025 08:30
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