Banca de DEFESA: WILLIAN ANDRADE SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILLIAN ANDRADE SILVA
DATA : 15/05/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

A aporofobia em discurso: da produção da violência à coragem da verdade do Padre Júlio Lancellotti


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso. Aporofobia. Violência. Coragem da verdade. Padre Júlio Lancellotti. 


PÁGINAS: 159
RESUMO:

1Em um mundo em que a desigualdade social tem aumentado em larga escala, as discussões sobre a pobreza têm ganhado visibilidade nas redes sociais digitais. Com isso, pode-se depreender que os acontecimentos em torno da aporofobia, isto é, a aversão ou desprezo ao sujeito pobre, emergem como condições que se materializam nas publicações no Instagram e estas discursividades fazem compreender as relações entre o saber e o poder que se voltam à pobreza. Deste modo, este estudo tem como objetivo geral analisar o funcionamento dos discursos sobre a aporofobia de modo a ressaltar a produção discursiva da violência e a coragem de dizer a verdade na rede de sentidos que promovem modos de subjetivação do sujeito padre Júlio Lancellotti. Como objetivos específicos: i) examinar como a aporofobia é construída como um objeto de discurso da atualidade e como isso repercute em materialidades discursivas presentes nas redes sociais, notadamente do padre Júlio Lancellotti; ii) descrever as estratégias discursivas demandadas pela extrema direita brasileira para a produção da violência contra o padre Júlio Lancellotti nas redes sociais digitais; e iii) investigar a coragem da verdade nos discursos e práticas que circunscrevem o ativismo do padre Júlio Lancellotti em prol dos pobres e desassistidos. O olhar se volta para o pároco como sujeito capaz de resistir às estruturas de poder que se estabelecem pelos vieses social, econômico e religioso, visto que tais condutas podem ser compreendidas como uma prática de si e que (re)constroem posições e que se revelam sob suas ações. A pesquisa se baseia nas contribuições de Michel Foucault (2000; 2004; 2006; 2008; 2014; 2020; 2023), de Cortina (2020) sobre a aporofobia, de D´ancona (2018); Curcino, Sargentini e Piovezzani (2021) acerca da pós-verdade, de Arendt (2022) e Zizek (2015) que tratam sobre a violência, dentre outros autores que fundamentam teoricamente o estudo. Os dados apontam que as estratégias discursivas da extrema direita brasileira criam vontades de verdade, ao basear-se na produção massiva da desinformação e, com isso, produzem discursos violentos contra o padre, que é concebido como comunista ou defensor das pessoas em situação de rua que são vistos como usuários de drogas. Por esta razão, as denúncias e ações por parte do sujeito padre provocam atos de resistência contra parte dos órgãos públicos, além de conscientizar a população sobre a necessidade de acolher e de ajudar os menos favorecidos, em virtude do caos e da afetividade dos corpos que foram/são excluídos de sua existência. Além disso, as práticas discursivas a respeito da violência contra a figura do padre Júlio Lancellotti resultam da sua constituição enquanto sujeito parresiasta, uma vez que se expõe frente à possibilidade de ameaça por meio da fala franca que evoca o desejo de justiça.  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 074.594.844-82 - FRANCISCO VIEIRA DA SILVA - UFERSA
Interno - 101.912.474-13 - IZAÍAS SERAFIM DE LIMA NETO - UNIFAP
Externo à Instituição - JOCENILSON RIBEIRO DOS SANTOS - UFS
Interna - 5364 - MARIA ELIZA FREITAS DO NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 14/05/2025 23:01
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