Banca de QUALIFICAÇÃO: DAVID VINNÍCIUS LIRA CAMPOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DAVID VINNÍCIUS LIRA CAMPOS
DATA : 03/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência via Google Meet
TÍTULO:

OS FILMES DE CANGAÇO DE GLAUBER ROCHA E A INDÚSTRIA CULTURAL


PALAVRAS-CHAVES:

Indústria cultural. Cinema. Cangaço. Cultura popular. Glauber Rocha.


PÁGINAS: 66
RESUMO:

O conceito de indústria cultural, cunhado por Adorno e Horkheimer (2006), refere-
se a um movimento de padronização e repetição que atua diretamente sobre a produção e o
consumo de bens culturais. Segundo os mencionados autores, o principal representante dessa
indústria é o cinema, sobretudo o estadunidense, que, em sua fase clássica, se tornou modelo
universal de criação artística e poderoso veículo ideológico. A grande influência desse
cinema sobre a produção brasileira estimulou a reação de cineastas como Glauber Rocha,
diretor de orientação vanguardista e revolucionária. Observando as características do cinema
de Rocha que contrastam com os padrões da indústria cultural, este trabalho propõe uma
leitura dos filmes Deus e o diabo na terra do sol (1964) e O dragão da maldade contra o
santo guerreiro (1969), tendo como referência o pensamento adorniano, bem como a
contribuição de autores como Xavier (2007, 2012) e Oliveira (2021), cujas pesquisas se
destacam entre as que compõem a fortuna crítica dedicada à obra do cineasta brasileiro.
Nosso objetivo é analisar a imagem que Rocha confere ao cangaceiro nos filmes em questão
e mostrar como essa imagem se diferencia da que é apresentada pelas produções do
nordestern, (sub)gênero nacional que toma emprestada a fórmula que define o western
estadunidense e transforma o cangaço em espetáculo à Hollywood. Todavia, não afirmamos
que o cinema de Rocha se coloca fora do mecanismo da indústria, mas que estabelece tensões
e pontos de ruptura ao dialogar com gêneros cinematográficos tradicionais, como o próprio
western, e com gêneros da cultura popular, como a literatura de cordel. Juntam-se às
referências já mencionadas estudiosos do banditismo, como Mello (2011), Hobsbawm (2015)
e Jasmin (2016), e Benjamin (2020), autores a cujo aporte teórico recorremos com o intuito
de compreender o papel do contador de histórias, elemento central nas obras em estudo. Em
nosso percurso, analisamos os avanços e recuos de Rocha em relação ao cinema convencional
e comentamos as problematizações de natureza político-social presentes nas ficções
escolhidas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3340 - CHARLES ALBUQUERQUE PONTE
Externo ao Programa - 12615 - MICHEL DE LUCENA COSTA
Externo à Instituição - NETANIAS MATEUS DE SOUZA CASTRO - UERN
Notícia cadastrada em: 02/03/2023 19:31
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