CAPACIDADES ESTATAIS E IMPACTOS DA REFORMA TRIBUTÁRIA NA REPARTIÇÃO DE RECEITAS EM AGLOMERADOS URBANOS EMERGENTES DO SEMIÁRIDO
Reforma Tributária; Aglomerados Urbanos; Semiárido Brasileiro; IBS
(Imposto sobre Bens e Serviços); Pacto Federativo
Este estudo investiga os impactos da reforma tributária brasileira, especificamente a
substituição do ICMS e ISS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) subnacional,
na repartição de receitas em aglomerados urbanos emergentes do semiárido, com
foco nos municípios de Cajazeiras-PB e Pau dos Ferros-RN. A reforma propõe
mudanças significativas na distribuição de recursos entre a União, estados e
municípios, com o objetivo de reduzir desigualdades fiscais e promover uma maior
eficiência no sistema tributário. No entanto, essas mudanças podem gerar desafios
para os municípios do semiárido, que já enfrentam dificuldades estruturais devido à
escassez de recursos e condições socioeconômicas adversas. A adoção do princípio
do destino na cobrança do IBS e a ampliação da base de incidência tributária podem
afetar a arrecadação e o financiamento de serviços essenciais, como saúde,
educação e infraestrutura, impactando diretamente o desenvolvimento urbano dessas
regiões. Este estudo examina como a transição para o novo modelo tributário pode
influenciar a gestão fiscal nos aglomerados urbanos emergentes, contribuindo para a
compreensão dos efeitos da reforma na redução das desigualdades regionais e no
fomento ao desenvolvimento sustentável nas áreas mais carentes do Brasil.