O USO E A OMISSÃO DO YO: UMA ANÁLISE SOCIOPRAGMÁTICA DO FILME HASTA QUE NOS VOLVAMOS A ENCONTRAR
.Atenuação; atos de fala; dêixis; sociopragmática; yo.
É certo que o uso pronominal do yo (“eu” em português) tem sido estudado por
vários linguistas e também por diferentes vertentes. Para tentar entender mais a
fundo, o presente estudo visa observar o comportamento desse pronome e os
elementos sociopragmáticos que justificam seu uso e sua omissão nos atos de
fala proferidos pelos protagonistas do filme Hasta que nos volvamos a encontrar,
levando em consideração que um deles é nativo do Peru e o outro da Espanha.
Para isso, aderimos uma metodologia de abordagem qualitativa e, quanto aos
objetivos, descritiva, tendo em vista que descrevemos os dados à luz das
pesquisas de alguns autores como Cantero (1976) e Serrano (2014) no que diz
respeito aos estudos pragmáticos sobre a omissão e uso do dêitico; Briz (2005)
e Gomes (2013) no que tange às considerações acerca das estratégias de
atenuação. No que diz respeito ao procedimento da pesquisa, de acordo com os
estudos de Bauer, Gaskell e Allum (2002), a pesquisa se enquadra como
levantamento por amostragem, tendo em vista que a análise se dá por meio da
descrição das características e do perfil linguístico de uma dada comunidade.
Mediante os estudos e análise, verificamos, a partir dos resultados, que a
variação diatópica é um fator de muita relevância nas escolhas sobre o uso ou
não do dêitico e que o contexto foi o agente que mais incidiu nos casos de
atenuação por meio da omissão do dêitico nos enunciados selecionados.