Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCO DAVI DE LIMA VIEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCO DAVI DE LIMA VIEIRA
DATA : 13/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (PPCL)
TÍTULO:

A AMEAÇA À IDENTIDADE E À LIBERDADE NAS ADAPTAÇÕES FÍLMICAS FAHRENHEIT 451 (1966) E FAHRENHEIT 451 (2018): UMA ANÁLISE DA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DO ROMANCE DE RAY BRADBURY


PALAVRAS-CHAVES:

Tradução intersemiótica. Adaptação fílmica. Gótico. Distopia. Sociedade do espetáculo.


PÁGINAS: 83
RESUMO:

A questão da construção e do ataque à identidade é objeto de estudo em muitas teorias
filosóficas nas mais variadas áreas de estudo. Este trabalho busca analisar como as adaptações
fílmicas Fahrenheit 451, dos anos de 1966 e 2018, traduzem a ameaça à identidade e à liberdade
do romance de mesmo nome, de Ray Bradbury. Parte da questão “de que forma as adaptações
fílmicas Fahrenheit 451, de 1966 e 2018, traduzem a ameaça à identidade e à liberdade do
romance de Bradbury? Busca-se, assim, investigar a construção da ameaça à identidade e à
liberdade no romance Fahrenheit 451 (1953), analisar a construção do gótico e da distopia, em
especial, suas interseções, no romance distópico e investigar como os filmes traduzem tais
aspectos, o gótico e a distopia, do romance homólogo. O livro tem como premissa uma
sociedade em que a leitura de textos literários é proibida pelo aparato estatal e os bombeiros
têm a função de incendiar os livros ao invés de extinguir o fogo. Diferentemente de outras obras
distópicas, a censura e o desinteresse pela literatura parte da maior parte dos habitantes da
cidade. A escolha pela temática e corpus se dá pelo caráter especulativo do universo criado por
Ray, que denuncia a perda de direitos básicos desencadeada pela conivência e vontade da

maioria da população. A pesquisa é classificada como sendo qualitativa de caráter analítico-
descritiva e se filia aos estudos da adaptação fílmica enquanto tradução intersemiótica, segundo

autores como Hutcheon (2013), Sanders (2006) e Stam (2006), para descrever como um aspecto
específico é traduzido de um meio para outro. Também engloba a área da literatura distópica,
segundo autores como Claeys (2017) e Matos (2017), e da gótica, com Punter (2013), Punter e
Byron (2004) e Ribeiro (2021), por exemplo, utilizando o ataque à identidade como um dos
aspectos comuns aos dois campos literários. Também há o uso das teorias da sociedade do
espetáculo de Debord (2003), das sociedades de massas de Ortega y Gasset (2001), da Indústria
Cultural de Adorno e Horkheimer (2014) e a tirania da maioria de Mill (2017) e Tocqueville
(2019). A análise parcial mostra que a adaptação fílmica de 1966 traduz a ameaça à identidade
pela elucidação da opressão no sistema escolar, que impede a construção de diferentes
identidades, e na fase adulta repressão estatal enquanto poder governado pelas paixões da
maioria e manipulado pelo sistema para que impedir a inserção de um pensar e agir que destoem
da norma. Na adaptação de 2018, a ameaça a identidade é traduzida pela marginalização de um
grupo minoritário enquanto espetáculo para o grupo hegemônico. Isso é realizado pela
utilização de repressão estatal no grupo com o aval da maioria, que dá o pontapé inicial para o
início da censura e permite que o sistema crie meios de manter seu poder e hegemonia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5327 - EMILIO SOARES RIBEIRO
Externo à Instituição - ELVIO PEREIRA COTRIM DE FREITAS
Externa à Instituição - NATHALIA SORGON SCOTUZZI
Notícia cadastrada em: 16/04/2025 10:40
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UERN - (84) 3315-2222 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - app01-uern.info.ufrn.br.app01-uern