PROFESSORAS POLIVALENTES: SIGNIFICAÇÕES SOBRE O SEU PROCESSO DE APRENDER PARA ENSINAR
Professor Polivalente; Aprendizagem do professor; Sentidos e Significações; Psicologia Sócio-Histórica.
A pesquisa apresentada neste trabalho está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação (POSEDUC), da Faculdade de Educação (FE), Departamento de Educação (DE), e ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Subjetividade (GEPES), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Sua realização objetivou apreender as significações atribuídas por professoras polivalentes ao seu processo de aprender para ensinar. Teve como pergunta de partida: quais as significações atribuídas por professoras polivalentes sobre o seu processo de aprender para ensinar? O lócus da pesquisa foi uma escola pública da Rede Municipal de Santa Cruz-RN, que atende crianças nos anos iniciais do ensino fundamental e contou com a adesão voluntária de duas professoras polivalentes. É uma pesquisa de natureza qualitativa, com caráter exploratório, que tem como abordagem teórico-metodológica a Psicologia Sócio-Histórica (PSH), fundamentada nos princípios do Materialismo Histórico-Dialético, desenvolvido por Marx, e nos estudos de Lev Semenovitch Vigotski (1896–1934) e seus colaboradores: Alexander Romanovich Luria (1902–1977) e Alexei Nikolaievich Leontiev (1903–1979), entre outros teóricos que contribuem para a legitimidade e atualidade do estudo. Para a produção das informações, foi utilizada a entrevista reflexiva, conforme orientações de Szymanski (2018), bem como a análise e interpretação dos dados seguiram a proposta de constituição de Núcleos de Significação, conforme Aguiar, Soares e Machado (2015). A análise e interpretação dos dados estão sistematizadas em três núcleos. Como resultados da pesquisa, apreendemos as seguintes significações das professoras sobre o seu processo de aprender para ensinar: a polivalência como um modo de ser docente; o tempo como mediador da ação pedagógica; a aprendizagem vivenciada na educação básica; a relação professor-aluno como constitutiva da identidade docente; e os processos formativos como espaços de organização e reinvenção dos saberes pedagógicos.