Prevalência e Fatores Associados à Depressão em Idosos de uma Comunidade no Sertão Semiárido do Nordeste brasileiro
Estudos Transversais; Depressão; Idoso; Saúde do Idoso; Atenção Integral à Saúde do Idoso; Saúde da Família; Determinantes Sociais da Saúde.
A depressão geriátrica configura-se como um problema de saúde pública negligenciado, frequentemente subdiagnosticado devido à confusão com alterações naturais do envelhecimento e à sobreposição com doenças crônicas. Estudos indicam que 13,2% dos idosos brasileiros apresentam diagnóstico de depressão, com taxas mais elevadas em mulheres, indivíduos com baixa escolaridade e residentes em áreas urbanas carentes. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, observacional, de corte transversal, com abordagem quantitativa, realizada na Unidade Básica de Saúde Dr. José Edmilson de Holanda, em Pau dos Ferros/RN, cujo objetivo geral é analisar a prevalência e os fatores associados à depressão em idosos de uma comunidade no sertão semiárido do Nordeste brasileiro. E, como objetivos específicos: estimar a prevalência a partir dos sintomas depressivos na população estudada; identificar os fatores sociodemográficos e clínicos associados à depressão em idosos; conhecer o acesso ao diagnóstico, acompanhamento e tratamento da depressão na população estudada e qualificar os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) através de um Curso de Capacitação sobre Depressão, Envelhecimento e Saúde do Idoso na APS, que consiste num Produto Técnico e Tecnológico (PTT). Participarão da pesquisa idosos com 60 anos ou mais, com capacidade cognitiva preservada (avaliada pelo 10-CS: 10 – point cognitve screener). Serão excluídos indivíduos com diagnóstico prévio de transtornos psicóticos ou demências avançadas. A coleta de dados utilizará a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) para rastreamento de sintomas depressivos (pontuação ≥5) e um questionário estruturado contendo variáveis sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, renda) e clínicas (comorbidades, acesso a serviços). A análise dos dados incluirá estatística descritiva (frequências, médias) e inferencial (testes de associação como qui-quadrado e regressão logística). Como resultados esperados, prevê-se uma prevalência de depressão superior à média nacional, com forte associação a isolamento social, sexo feminino, baixa renda e escolaridade, multimorbidades (≥3 doenças crônicas) e dificuldade de acesso a serviços especializados.