DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA VI REGIÃO DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO NORTE
Terapias Complementares, Atenção Primária à Saúde, Gestão em Saúde, Política de Saúde.
Objetivou-se analisar o diagnóstico situacional das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) executadas na Atenção Primária de Saúde (APS) junto aos municípios da VI Região de Saúde (RS) do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória de abordagem qualitativa realizada na VI Região de Saúde/Rio Grande do Norte (VI RS/RN), composta por 37 municípios. A taxa de resposta da pesquisa foi de 97,3% (36 municípios). Os participantes foram constituídos por 31 secretários de saúde (Grupo 1); 31 coordenadores da APS (Grupo 2); e 4 profissionais de saúde (Grupo 3) que executam as PICS, selecionados seguindo critérios de inclusão e exclusão. A coleta de dados ocorreu de 23 de setembro de 2022 a 03 de março de 2023 de modo presencial, foi realizada através de entrevista semiestruturada com os participantes do estudo. Identificada as experiências de PICS, realizou-se a observação não participante conforme roteiro norteador com os profissionais de saúde. Os dados foram analisados seguindo a Técnica de Análise de Conteúdo (TAC) segundo Laurence Bardin. Dos 36 municípios que participaram, 7 ofertam PICS como rotina de atendimento; 6 ofertaram PICS em algum momento, mas, suspenderam a oferta rotineira; 5 ofertam PICS de modo esporádico e sem padronizações; 16 municípios nunca ofertaram PICS e 2 estão em processo de implantação da oferta em 2023. As PICS citadas nas rotinas dos municípios foram: auriculoterapia, ventosaterapia e acupuntura, enquanto que, nas ofertas esporádicas acrescentou-se: shantala, plantas medicinais, musicoterapia, aromaterapia e cromoterapia. Nas propostas de implantações futuras, além das PICS, anteriormente citadas, 1 município demonstrou interesse em implantar a dança circular, além disso, a pluralidade dos municípios atrela o uso de PICS à oferta em grupos específicos e, não necessariamente, a população geral. Mediante o encontrado nas análises evidencia-se que a maior parte dos secretários, coordenadores e profissionais dos municípios onde a pesquisa foi realizada possui pouco conhecimento sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, bem como da Política Estadual que orienta para esta oferta. Proporcionalmente, os participantes esperam que haja incentivo financeiro por uma das esferas da gestão e financiamento, estatal ou federativo para que se exista a oferta constante e de rotina das PICS na APS.