Banca de DEFESA: ALVARO MICAEL DUARTE FONSECA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALVARO MICAEL DUARTE FONSECA
DATA : 22/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meeting - https://meet.google.com/fzz-imcv-zzv
TÍTULO:

PROCESSO DE PERDAS E LUTOS NO PERCURSO DE VIDA DO SUJEITO COM DOENÇA DE CHAGAS


PALAVRAS-CHAVES:

Doença de Chagas, Luto, Perda, Medo, Adoecimento.


PÁGINAS: 69
RESUMO:

A Doença de Chagas (DC) é uma doença crônica, em que os sujeitos chagásicos sofrem com seus impactos e repercussões das dores físicas, prejuízos funcionais e comprometimento do bem-estar, haja vista as manifestações que impactam na qualidade de vida, rotina e autonomia, provocando perdas e rupturas na vida do adoecido, impactando fortemente o âmbito psicossocial, considerando a situação de vulnerabilidade social e econômica e as mudanças em sua identidade, modo de ser/estar no mundo, acrescido da percepção de si como incapaz e vulnerável e o medo da morte. Assim, toda perda demanda que seja vivenciado o luto, sendo este essencial para a reconstrução e organização do próprio sujeito, do seu contexto de vida e relações. Frente a isso, a pesquisa tem como objetivo compreender as perdas e os lutos experienciados pelos sujeitos com Doença de Chagas. Para isso, o método foi fundamentado na abordagem qualitativa, com utilização de um roteiro de entrevista semiestruturada. A pesquisa ocorreu no Ambulatório de Doenças de Chagas da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, com doze sujeitos chagásicos, os quais foram analisados pela Análise de Conteúdo de Bardin, utilizando-se do software IRaMuTeQ. O estudo resultou em três categorias, sendo “Impacto do diagnóstico, experiência sintomatológica e repercussões no sujeito”, “Processo de perdas e lutos no percurso de vida do sujeito chagásico” e “Rede de apoio social, afetiva e seus mecanismos de enfrentamento”. Os sujeitos do estudo destacaram as mudanças, afetações e repercussões inevitáveis defronte os sintomas, dores rotineiras e tratamento submetido, reverberando e impedindo a realização plena das atividades diárias, laborais, lazer, dentre outros. Então, apesar destes sujeitos compreenderem as afetações ocorridas ao longo de suas vidas por intermédio da DC, estes não costumam associar que as afetações da DC requisitam a vivência do luto. A experiência torna-se, frequentemente, irreconhecível e/ou ilegítima ao que se refere a experiência das perdas provocadas pelo adoecimento, mediante isso, percebe-se que isto impacta diretamente na prestação de apoio e cuidado por parte do ciclo de pessoas próximas e da construção de mecanismos de proteção. Concluiu-se que as variações de dores e desconfortos enfrentados por esta população não se restringem somente aos portadores de DC com quadro sintomatológico da doença cardíaca ou digestiva, tendo em vista que todos os participantes expressaram dores, adaptações e perdas em seu percurso e, junto a isso, percebeu-se que esta população ainda apresenta pouco conhecimento a respeito do seu processo de adoecimento e pouca conscientização sobre perdas e lutos, seja por uma privação social ou autoprivação, o que pode contribuir como um fator de impedimento do reconhecimento deste processo singular e saudável ao ajustamento psicossocial.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 4256 - ELLANY GURGEL COSME DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - JOÃO CARLOS ALCHIERI - UFRN
Externa à Instituição - JULITA GOMES MAIA DE SENA
Interno - 12614 - RODRIGO JACOB MOREIRA DE FREITAS
Notícia cadastrada em: 08/01/2024 10:47
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