INTERDISCURSO E FEMINISMO NEGRO: RETRATOS DE EXPERIÊNCIAS LEITORAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Feminismo. Práticas discursivas. Leitura. Escrita.
A ação de trabalhar discussões sociais nas salas-de-aula, com o intuito de descolonizar a
linguagem e os discursos, é uma responsabilidade de toda a organização escolar, e esse
processo deve levar em consideração o respeito às diferenças. É sabido que as mulheres,
sobretudo as negras, vivem em uma situação de vulnerabilidade social, no que diz respeito à
igualdade de direitos, a valorização profissional, o acesso à educação e aos bens de consumo.
Assim, mudar essa realidade é o principal foco do movimento feminista. Nesse sentido, o
presente trabalho consiste em desenvolver práticas de compreensão leitora sobre a temática do
feminismo negro com estudantes do 8º ano do ensino fundamental do Colégio Militar
Tiradentes XXIII, situado na cidade de Coroatá-MA. A metodologia da pesquisa-ação
(Thiollent, 2009) está baseada em uma intervenção, através do trabalho com oficinas de
leitura, criadas em torno das discussões apresentadas na obra O feminismo é para todo
mundo, de bell hooks (2018). Baseando-se nas teorias da Análise do Discurso de linha
francesa e na relação discurso-leitura será possível entender a familiaridade com o assunto e o
interesse dos estudantes nessa temática, bem como os efeitos de sentido provocados pela
leitura da obra.