GESTÃO DO CUIDADO ÀS MULHERES QUE VIVENCIAM O TRATAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO SEMIÁRIDO POTIGUAR
Câncer do Colo do Útero; Política de Saúde; Regionalização; Território.
A Rede de Atenção à Saúde (RAS) busca promover a integralidade do cuidado e se organiza em relações horizontais entre os pontos de atenção, cujo centro de comunicação e coordenação é a Atenção Primária à Saúde (APS), considerada como um dos mais fortes preditores no rastreamento de doenças crônicas não transmissíveis, a exemplo do câncer. O câncer do colo do útero (CCU) é o terceiro tipo de câncer que mais afeta mulheres a nível nacional. A variável é semelhante no que se refere a região Nordeste e semiárido potiguar. Após a publicação da Portaria que instituiu a Política Nacional de Atenção Oncológica, o controle do CCU está contemplado nos planos de saúde estaduais e municipais, como uma das metas prioritárias inseridas no termo de compromisso de gestão, envolvendo as diferentes esferas na responsabilização do controle desse câncer. Com base no exposto, tem-se como objetivo geral: Analisar a gestão do cuidado ao CCU na RAS da VI Região de Saúde do RN; e como objetivos específicos: Compreender a estruturação da RAS com ênfase no CCU na VI Região de Saúde do RN; Captar a percepção dos gestores em saúde sobre a atenção ofertada às usuárias em tratamento do CCU; Identificar os principais instrumentos de promoção, prevenção e tratamento do CCU desenvolvidas nos municípios pertencentes a VI Região de Saúde do RN. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa, realizado nos municípios pertencentes a VI Região de Saúde do RN. Participaram da pesquisa os gestores municipais de saúde de 15 municípios que compõem a VI Região, além de 01 representante da Associação de Apoio à pacientes com câncer de Pau dos Ferros/RN. A coleta dos dados ocorreu a partir de entrevistas semiestruturadas e a análise dos dados seguiu o método de análise de conteúdo proposto por Bardin. Conclui-se que foi possível entender como tem sido o cuidado às usuárias que necessitam de tratamento para a patologia na VI Região de Saúde, além de possibilitar uma melhor compreensão de como tem se estruturado a RAS nos casos de CCU, as ações que os municípios vem realizando no que se refere à problemática e elencar as fragilidades ainda existentes na gestão do cuidado à essas usuárias.