ABRINDO AS CORTINAS PARA A MAGIA ACONTECER: O TEATRO DO OPRIMIDO NA MATEMÁTICA
Augusto Boal; Paulo Freire; Matemática; Realidade; Etnomatemática.
Caros Spect-Atores[1], abrem-se as cortinas para a magia acontecer: o Teatro do Oprimido e a Matemática. Neste ato dissertativo serão discutidos e posicionados conceitos, temas, jogos, exercícios e atividades teatrais para problematização da relação opressor/oprimido nas atividades e conteúdos do ensino de matemática desdobrados em duas escolas, uma rede pública e outra privada, nas turmas do 5º ano do Ensino Fundamental, na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Os pressupostos teóricos e metodológicos se dão na conexão entre: Augusto Boal (1980), dramaturgo e diretor de teatro sistematizador do Teatro do Oprimido, Paulo Freire (2013), educador e filosofo que discute em seus livros sobre uma educação libertadora cuja perspectiva é a ação-reflexão-ação para instigar indagações e pensamentos críticos das dinâmicas políticas, sociais e culturais, e Ubiratan D’Ambrosio (1992), professor de matemática e que apresenta a Etnomatemática, entendimento sobre a natureza da matemática e os diferentes ângulos da realidade. A conexão do Teatro do Oprimido, com Pedagogia do Oprimido e a Etnomatemática se desdobra via os métodos, conceitos, jogos e exercícios, sendo estes, dispositivos para acessar um estudo da realidade, e trazer à tona as questões problemas que emergem no cotidiano dos alunos. A pesquisa se desenvolve a partir das abordagens qualitativa e etnográfica, cujos procedimentos metodológicos envolvem a construção de uma proposta pedagógica em ensino de matemática, envolvendo os métodos do Teatro do Oprimido como o Teatro-Imagem, Teatro-Fórum e o Teatro-Jornal, relacionando assuntos socioculturais e sócio-históricos como, por exemplo, a desigualdade social, com os alunos e sempre evidenciando os conteúdos matemáticos, sendo eles criadores, atores e diretores das cenas teatrais que serão construídas.