POLÍTICAS DE ALFABETIZAÇÃO PARA JOVENS, ADULTOS E IDOSOS: CONTEXTOS INTERNACIONAIS, NACIONAIS E LOCAIS (1990-2020)
Políticas de alfabetização para EJA. Ciclos de políticas. Contexto de Influência. Contexto de texto.
Esta pesquisa analisa as políticas de alfabetização para jovens, adultos e idosos, em contextos internacionais, nacionais e locais, compreendendo o período de 1990 a 2020, a partir da abordagem analítica do Ciclo de Políticas de Bowe e Ball (2006), para discutir como vêm sendo institucionalizadas políticas públicas para este público. O objetivo geral deste estudo é discutir como foram pensadas, definidas e efetivadas as políticas de alfabetização para jovens, adultos e idosos nos contextos internacional, nacional e local, e como objetivos específicos: i) compreender, a partir dos contextos de influência e contexto de textos das políticas de alfabetização para jovens, adultos e idosos, movimentos de lutas tensionadas e; ii) construir reflexões político-epistemológicas acerca das políticas de alfabetização para jovens, adultos e idosos, a fim de ampliar as possibilidades de efetivação em contextos de práticas. Para alcançar os objetivos propostos, utilizamos os movimentos teóricos-metodológicos do processo de análise e interpretação política em ciclos, considerando sua complexidade e instabilidade como resultante de influências internas e externas que atuam nas arenas de definição das políticas. Fizemos uma incursão histórica para compreender a natureza de tais políticas, um estudo de revisão da literatura e análise de documentos disponíveis no período da pesquisa. Evidenciamos com o estudo, que existem hiatos entre os períodos analisados acerca da política de alfabetização para jovens, adultos e idosos, campo que continua marginalizado e a mercê de políticas de governo, pois não há uma política de estado, efetivamente. Inferimos que algumas iniciativas foram adotadas mediante desafios impostos pelo capitalismo e recomendações de organismos internacionais, muito mais como política paternalista – compensatória e assistencialista, do que propriamente uma política consistente que produzisse emancipação social nas pessoas jovens, adultas e idosas.