Banca de DEFESA: BLENDA PRISCILA ALENCAR DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BLENDA PRISCILA ALENCAR DA SILVA
DATA : 20/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente virtual
TÍTULO:

Muito além das vozes: Estudo etnográfico sobre Literatura Infantil com Crianças quilombolas”



PALAVRAS-CHAVES:

Muito além das vozes: Estudo etnográfico sobre Literatura Infantil com Crianças quilombolas”Crianças. Literatura. Quilombolas


PÁGINAS: 40
RESUMO:

As inquietações que iniciaram os caminhos desta dissertação, surgem de forma pessoal e
profissional por meio de uma pesquisadora que acredita em uma educação antirracista, e em
uma sociedade, verdadeiramente, democrática. Entre as multiplicidades de caminhos a seguir,
a presente pesquisa, apresenta como objetivo principal evidenciar, a partir das narrativas de
crianças pertencentes a escola quilombola de Nazaré, em Itapipoca-CE, as possíveis
contribuições da literatura infantil para o reconhecimento de si e do seu ambiente social.
Tomando por partida a Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças que afirma
que a criança deve ter o direito de expressar suas opiniões em todos os assuntos relacionadas a
ela, e a ausência das especificidades das crianças quilombolas e sua relação com a literatura,
elencamos quatro objetivos específicos: Investigar sobre a presença da temática quilombola
nas pesquisas que abordam a literatura para a infância; compreender as contribuições da
literatura para a infância no contexto escolar nos processos de reconhecimento e identidade e
identificar os modos próprios de ação e de expressão das crianças da escola quilombola de
Nazaré durante a construção de uma história literária e os aspectos que trouxeram elementos
de identificação. Os participantes da pesquisa são dez crianças de sete a dez anos de idade no
ambiente escolar da comunidade quilombola de Nazaré/Ceará, e para uma amostragem
simples, ocorreu uma seleção natural dos sujeitos partindo do desejo delas de participarem.
Para alcançarmos os propósitos, nos utilizamos da abordagem qualitativa considerando os
apontamentos de Bogdan e Biklen (1994), Triviños (1987) e Minayo (2012). Utilizamos a
abordagem etnográfica, por concebermos que através dos atos de observar, ouvir e direcionar,
o pesquisador afasta-se de seus costumes para posicionar-se diante de novas culturas e
comportamentos. A fim de contribuir com a coleta de achados foi utilizado a observação,
filmagens, fotografias, diário de campo, desenhos e livros literários. Diante das discussões
apresentadas tivemos como principais aportes teóricos os autores: Araújo (2015), Cândido
(1972, 1988, 1995), Caputo (2020), Corsaro (1997, 2002, 2011), Coelho (2000), Faria e Finco
(2011), Fernandes (2016), Friedmann (2013, 2020), Gomes (2003, 2012, 2017, 2023), Kramer
(2002, 2003), Munanga (1995, 2009), Qvortrup (1991, 1993, 2010), Sarmento (1997, 2007,
2020), dentre outros. Através das vozes das crianças quilombolas, obtivemos como
resultados, que a literatura nos fornece mecanismos para as relações étnico-raciais, além de
influenciar no construir e compreender meios próprios de aspectos de identificação, sejam
eles através de personagens, ambientes, contextos ou emoções presentes nas histórias.
Concluímos que o mundo imaginário das histórias, seja apresentado por outros autores ou
construído pelas próprias crianças, têm o poder de conectar-se ao mundo real, enquanto
também se conecta com mundos interiores influenciando na formação de autoestima e
fortalecimento de identidade. Também, apontamos que ideais, espaços e práticas antirracistas
fazem toda a diferença no respeito, no entendimento e na formação das crianças.
Palavras-Chave: Crianças quilombolas; Educação; Literatura para a infância


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5366 - GIOVANA CARLA CARDOSO AMORIM
Interna - 2458 - FRANCISCA MARIA GOMES CABRAL SOARES
Externa à Instituição - ADY CANÁRIO DE SOUZA ESTEVÃO - UFERSA
Notícia cadastrada em: 07/02/2024 08:52
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