O contexto da Educação no Brasil tem enfrentado significativas mudanças, especialmente com a reforma do Novo Ensino Médio que introduziu livros por área de conhecimento. Nesse cenário, essa abordagem tem levado a lacunas e defasagens em temas importantes, sobretudo na área de Biologia. Este estudo surge como resposta a essa problemática, tendo em vista a criação de um livro paradidático para complementar os conceitos científicos relacionados à química da vida, especificamente na primeira série do Novo Ensino Médio. A metodologia empregada envolveu uma abordagem teórica, ancorada em revisão bibliográfica, com classificação descritiva e abordagem qualitativa. O principal método de coleta de dados foi a análise documental, realizada em quatro etapas distintas. Primeiramente, examinou-se a coleção didática Programa Nacional do Livro Didático - PNLD de 2021 adotada pela instituição de ensino em questão. Em seguida, foram selecionados os conteúdos que comporiam o livro Paradidático. Posteriormente, desenvolveu-se o livro Paradidático e, por fim, após a submissão e apreciação do CEP com protocolo 6.098.821, foi conduzido um teste piloto com o protótipo em uma turma de eletiva do primeiro ano do Ensino Médio. Os resultados revelaram lacunas nos livros didáticos analisados, onde os conteúdos relacionados à química da vida estão sendo negligenciados. O livro paradidático produzido, após revisões e incorporação de sugestões de professores especialistas, foi testado na eletiva Biologia em foco com a participação de 30 estudantes do primeiro ano do Ensino Médio. O questionário sobre a composição química da vida, aplicado antes e depois do uso do paradidático, evidenciou um aumento nas respostas corretas após a utilização do material. A eficácia do livro paradidático foi também avaliada por meio de um quiz, realizado utilizando a plataforma Kahoot. Os resultados indicaram um desempenho superior da turma após a leitura do protótipo. Dessa forma, foi possível perceber que a proposta de preencher as lacunas identificadas nos livros didáticos e a promoção de uma aprendizagem mais abrangente e significativa para os estudantes foram alcançadas. Diante do exposto, sugere-se que o livro paradidático possa auxiliar de forma complementar a construção do conhecimento em Biologia Molecular.

O Brasil possui uma das maiores diversidades de plantas do mundo, muitas destas, tem propriedades curativas sobre diversas enfermidades e os conhecimentos sobre essas plantas necessitam ser mais explorados para o uso adequado. Esta pesquisa teve como proposta a produção e aplicação de uma sequência didática na qual foram utilizadas plantas ditas medicinais. A metodologia teve como principal foco, desenvolver o ensino investigativo com o conteúdo de botânica com ênfase a bioprospecção dos produtos de origem florestal com alunos do ensino médio. O estudo foi de cunho quantitativo que consistiu inicialmente na criação de situação problema que levaram os alunos a pesquisas sobre o uso de plantas medicinais complementando seus conhecimentos prévios; aplicação de questionário estruturado pelos alunos para a identificação de quais os principais grupos plantas são utilizadas com finalidade terapêutica nas comunidades que vivem na floresta nacional do Araripe e seu entorno. Após a aplicação do questionário e tabulação dos dados, foram coletadas na área da Floresta Nacional do Araripe, partes de plantas para extração de óleos essenciais e demais extratos vegetais, conhecendo suas propriedades terapêuticas, através do teste de atividade antimicrobiana por difusão em disco e possíveis metabólitos secundários produzidos.  Despertar nos alunos por meio do ensino investigativo o potencial da biodiversidade da Flona Araripe, são os frutos desse trabalho, que se apresenta por meio de uma sequência didática com aulas de campo e laboratoriais, permitindo a elaboração e divulgação por meio de uma ferramenta criativa e funcional que são as redes sociais. 

O conteúdo de Biologia Celular é tido como uma parte da Biologia de assunto de difícil compreensão dada a sua natureza abstrata de conceitos essenciais. Compreender como de uma única célula é formado um ser com milhares de células, com funções, organizações e morfologias diferentes torna-se um desafio no ambiente escolar, principalmente levando em consideração a pouca infraestrutura da maioria das escolas públicas. A busca por ações estratégicas que estimulem atuação e protagonismo dos estudantes encontra nas metodologias ativas uma oportunidade para aguçar a sede por conhecimento dos alunos. O objetivo deste trabalho é apresentar uma prática pedagógica com criticidade de ensino de Biologia Celular. Como metodologia foi utilizado o modelo de rotação por estações de aprendizagens, que inclui diversas atividades alternativas com novidades científicas e tecnológicas e que contribui para o protagonismo do aluno, bem como para o trabalho colaborativo e desta forma inclusivo entre os alunos. Com base na coleta de dados, realizada por questionários semiestruturados, foi possível observar que o conteúdo de biologia celular traz desafios relacionados a sua compreensão, mas ao implementar uma metodologia que incentiva a autonomia, a resolução de problemas e considera a diversidade de estilos de aprendizagem, adaptando-se às necessidades individuais dos estudantes, transforma o processo de ensino-aprendizagem em uma jornada estimulante e eficiente. E isso não apenas aumenta a compreensão, mas também fomenta um ambiente inclusivo e motivador.

A educação, constitucionalmente, é direito de todos, e sua garantia é dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua formação para o mundo do trabalho. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional assevera que é dever do Estado proporcionar uma educação escolar pública de qualidade e gratuita, desde o ensino pré-escolar até nível médio, com a garantia de atendimento educacional especializado aos educandos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, em todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino. Evidentemente, que o reconhecimento das diferenças e das particularidades cognitivas é o pressuposto necessário na efetivação de uma escola inclusiva, e metodologias como Sequências Didáticas (SD), constituem uma ferramenta no trabalho educacional, perpassando por diversos aspectos da aprendizagem e no desenvolvimento da inclusão e do trabalho colaborativo, a depender dos objetivos que se deseja alcançar. Com esse intuito, esta pesquisa objetivou a construção e aplicação de uma SD sobre citologia com turmas de alunos típicos e atípicos nas 1° e 2° séries do Ensino Médio (EM). Como objetivos específicos foram propostos: o desenvolvimento de atividades pedagógica considerando o nível de necessidade educativa identificada nos alunos com autismo; sistematizar atividades com acessibilidade pedagógica sobre citologia para alunos autista e sem autismo; verificar as potencialidades das atividades propostas para o trabalho inclusivo e, por fim, estimular o trabalho colaborativo e a aprendizagem mútua entre os alunos típicos e os alunos com TEA. Diante do que se propôs, a abordagem metodológica é do tipo qualitativa, exploratória e aplicada. Para atender aos objetivos propostos, a SD foi organizada em cinco etapas com atividades diversas, com nível crescente em complexidade, respeitando a condição do aluno com TEA. A partir disso, foi possível verificar que a metodologia utilizada facilitou a compreensão dos conceitos relacionados ao tema abordado. Além disso, constatamos que a estratégia estimulou o trabalho colaborativo, auxiliando na inclusão e na participação efetiva dos alunos com TEA. Portanto, é possível inferir que a SD potencializou o protagonismo e autonomia dos alunos com ou sem necessidades educacionais específicas e estimulou o trabalho inclusivo e colaborativo, atingindo dessa forma os objetivos inicialmente propostos que era a produção e aplicação de uma SD com acessibilidade pedagógica sobre citologia.

Rotineiramente são necessários recursos metodológicos que possam auxiliar o professor na jornada de ensino e aprendizagem, utilizando metodologias ativas e tornando o aluno protagonista. No ensino de botânica, a utilização de uma metodologia meramente expositiva acaba fazendo com que a abordagem dos conceitos ocorra de forma mecanizada e decorativa, o que torna as aulas enfadonhas e desmotivadoras para docentes e discentes da educação básica, por isso as sequências didáticas, realizadas por meio de atividades práticas, são ferramentas que podem permitir o engajamento e entusiasmo na realização de tarefas que permitem uma aprendizagem significativa. Dessa forma, este trabalho propôs a criação de uma cartilha virtual que reúne estratégias metodológicas de práticas experimentais, o que auxiliará o ensino de botânica no ensino médio. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, tendo como público-alvo 20 alunos do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Honório, situada na cidade de Pendências-RN, alocada a 6ª DIREC. Rodas de conversas e questionários de sondagem foram aplicados inicialmente a fim de delimitar as principais dificuldades dos discentes sobre o tema, posteriormente, as práticas foram planejadas, aplicadas e avaliadas pela professora e alunos mediante questionários e discussões ao final de cada metodologia aplicada em aula. Diante das dificuldades apresentadas durante a avaliação do questionário de sondagem, as atividades práticas aconteceram através de situações problemas que exigiram a criatividade e autonomia da turma para solucioná-las. Por fim, um total de 3 aulas práticas constituem uma Cartilha Interativa online, disponibilizada através do google sites.

Abordar questões ambientais é um fator crucial para a manutenção da vida no planeta e há muito se discute este tema em nível mundial. Entretanto é perceptível que os problemas ambientais tem aumentado, talvez fruto de uma população que ainda mantêm os mesmos hábitos. A abordagem sobre o oceano é cada vez mais discutida dentro do aspecto da preservação, tanto que vivemos a “década dos oceanos” e as comunidades litorâneas sofrem bastante com essa poluição oceânica, em contrapartida, são essenciais no processo de educação ambiental   Dessa forma, buscar alternativas que valorizem discussões que tenham a perspectiva de preservação desses ambientes e ecossistemas é crucial. Com isso, fomentar essa abordagem na sala de aula através de metodologias ativas pode ser uma estratégia para resultados mais positivos na utilização de temas como preservação dos oceanos e poluição marinha em comunidades litorâneas. Com base neste pressuposto, este trabalho visa abordar a educação ambiental a ser trabalhada nas escolas, nas aulas de biologia, com alunos do ensino médio, a partir de um jogo que auxilie no processo de ensino - aprendizagem sobre temas ambientais com foco na preservação dos oceanos. A proposta é que seja aplicada uma sequência didática, cujo jogo fará parte desta, que favoreçam a percepção de mundo e responsabilidade com o meio ambiente e os oceanos. Para isso, a metodologia empregada neste trabalho será a abordagem qualitativa a partir da análise bibliográfica e quantitativa já que fará uso de dados levantados a partir de questionários aplicados a professores e alunos a fim de investigar sobre conhecimentos prévios com relação ao tema e a utilização deste em sala de aula. Cumprida esta análise, dar-se-á elaboração do jogo de tabuleiro de forma a suprir pontos observados a partir do resultado dos questionários. Como produto será apresentado um jogo de tabuleiro virtual e/ou físico cujo tema principal é a preservação dos oceanos.

O objetivo do estudo foi elaborar uma Cartilha interativa com roteiro para visitação ao Museu de Ciências Naturais e História Barra do Jardim (MCNHBJ), em Jardim-CE, como suporte didático às aulas de Evolução Biológica, com ênfase na Paleontologia local. A pesquisa buscou criar uma valorização do estudo paleontológico, por meio de um direcionamento que aproximasse os alunos à investigação científica através do uso da ludicidade das Cartilhas e da sua aplicação nos espaços não formais da educação, no MCNHBJ. A cartilha, juntamente, com a interação no museu teve propósito de gerar nos educandos a ampliação dos seus horizontes de conhecimento, auxiliando o seu protagonismo no processo de aprendizado. A metodologia para a elaboração e aplicação da cartilha incluiu as seguintes etapas: Etapa 01: Análise do conteúdo Evolução Biológica na matriz curricular para no Ensino Médio com objetivo de verificar qual ano/série melhor se adequa o produto do TCM; Etapa 02: Escolha do público-alvo; Etapa 03: Produção da cartilha e Produto Educacional (com jogos e desafios) e o Encarte para o professor (com os gabaritos e respostas dos jogos; questionário e ficha de avaliação ambos utilizados em apoio à visita guiada); Etapa 04: Aplicação da sequência didática para avaliar a eficiência da cartilha. A referida sequência didática foi planejada para três momentos distintos e sequenciais: (1) Atividades pré-visita ao Museu; (2) Visita ao Museu; (3) Atividade pós-visita ao Museu. Foi aplicado o questionário com os alunos antes e depois de realizada a sequência didática, a fim de validá-lo como subsídio didático. Os dados mensuraram que Cartilha foi eficaz na aquisição de conhecimentos e que, assim, pode-se considerá-la um recurso didático válido para ser utilizados pelos professores. Os questionários foram aplicados de forma impressa e eram compostos por 16 questões e abordavam assuntos contidos na cartilha. Participaram do estudo 40 alunos das turmas de 2º e 3ºAno do Ensino Médio em Tempo Integral da Escola Governador Adauto Bezerra, Jardim-CE.  Vale ressaltar, que as trocas didáticas durante a realização da Metodologia e da Análise dos Resultados foram fundamentais para a desenvolvimento final da Cartilha, tendo a contribuição direta e indireta dos discentes para o seu aperfeiçoamento, desde a busca por uma linguagem mais próxima do público-alvo, até a criação da identificação visual com os personagens do material didático. Em suma, pode-se refletir sobre a importância dos espaços não formais da educação, bem como o desenvolvimento de práticas pedagógicas que incentivam o protagonismo investigativo nos alunos, principalmente no tocante da Paleontologia. A Cartilha busca auxiliar o professor, como mediador de conhecimento, no desafio diário da elaboração de mecanismos didáticos que conduzam o discente pela curiosidade ao aprendizado. Por isso, existe a necessidade de trabalhar essa Cartilha sob uma perspectiva global, mas sem abandonar as singularidades paleontológicas de cada região, adequando-a às diferenças. Frente a essa realidade, torna-se imprescindível o estudo da paleontologia local, por meio da cartilha, uma vez que promove o desenvolvimento da consciência científica de preservação nos educandos e de conservação aos resquícios arqueológicos. 

A prática docente em Biologia impõe diversos desafios, tais como: falta de recursos e infraestrutura nas escolas, carga horária insuficiente, conteúdos com alto grau de abstração, falta de interesse por parte dos alunos, dentre outros. Para superá-los, fica nítida a necessidade de estratégias pedagógicas como aulas dinâmicas, interativas e investigativas que façam do aluno protagonista na construção dos seus próprios conhecimentos. Este trabalho teve como objetivo a identificação de conteúdos considerados mais complexos em biologia por docentes do ensino médio, e a produção de uma sequência didática (SD) com este conteúdo utilizando metodologias ativas (MAs), o ensino por investigação (EI) e certas estratégias de ensino. A pesquisa diagnóstica foi desenvolvida através de questionário estruturado com 15 (quinze) professores efetivos e temporários da disciplina de biologia, de 14 (quatorze) escolas que fazem parte da 14° Diretoria Regional de Educação e Cultura - DIREC, do Estado do Rio Grande do Norte. Pôde-se observar que os conteúdos considerados mais complexos pelos professores foram: bioquímica com 31% das avaliações, biofísica com 23% e genética com 19%, como também pode-se evidenciar as principais causas de tais dificuldades, que foi o fato desses conteúdos possuírem um alto grau de abstração, grande quantidade de termos específicos e dificuldade de contextualização. Tomando por base os resultados da pesquisa, foi produzida uma (SD) com conteúdos de bioquímica sobre os assuntos de respiração celular aeróbia e fermentação, utilizando (MAs), o (EI) e certas estratégias de ensino, visando dirimir as dificuldades e melhorar o ensino e aprendizagem desse assunto. Dessa forma, a utilização da SD por professores de biologia poderá auxiliá-los a diminuir as dificuldades do assunto respiração celular e fermentação e contribuir de forma geral, para uma aprendizagem mais eficaz e significativa desse conteúdo.

A Engenharia Genética pertence ao vasto universo da Nova Biologia, e nela destacam-se suas aplicações seja na agricultura, pecuária, indústria,alimentação, saúde, dentre outros. Quando transformada em objeto de ensino, por ser em muitas vezes algo abstrato, com termos específicos, acaba limitando a construção do conhecimento e se distanciando do que preconiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para superar essas dificuldades,o Docente de Biologia pode utilizar como estratégias as metodologias ativas para o ensino-aprendizagem,e congruente a esta perpectiva este trabalho teve como objetivo a produção e avaliação da jogabilidade de um Role Playing Game (RPG) com conteúdos de Engenharia Genética e Bioética, direcionada a alunos do ensino médio da rede pública de Fortaleza-CE. Como resultado, o game foi intitulado de “Cyber- Gen” e é um RPG de bolso que inclui 33 cartas contendo o enredo e enigmas relacionados aos conhecimentos em Engenharia Genética. Participaram da oficina cerca de 13 alunos do 3º Ano do Ensino Médio da EEM General Murilo Borges Moreira localizada no bairro Vincente Pinzon em Fortaleza-CE. Para a aplicação e avaliação do jogo, 7 alunos estiveram presentes para a sessão de RPG e foram submetidos a dois questionários de avaliação, o primeiro foi aplicado antes da abordagem teórica da oficina e remetia aos conhecimentos prévios dos estudantes acerca da Engenharia Genética, e o segundo questionário foi aplicado no final da oficina após a realização do jogo de RPG “Cyber-Gen”, ambos foram confeccionados e interpretados pela ferramenta Google Forms. Entre os diversos resultados levantados a partir da análise dos questionários, é de que o ensino em Genética precisa ir além da Herança Mendeliana e abordar as novas tecnologias presentes na sociedade atualmente, e também de que os alunos se interessam e se motivam ainda mais por aulas mais gamificadas, dinâmicas e em que possam expressar suas opiniões em forma de debates. O material produzido é um recurso didático pedagógico que auxilia o Professor de Biologia no momento de ministrar conteúdos de Engenharia Genética. Por fim, ao utilizar o “Cyber-Gen” a construção do conhecimento será imersiva, atrativa, colaborativa e investigativa, torna a aprendizagem significativa e estimula a aprendizagem.

Um tema de expressiva relevância que é trabalhado nas aulas de Biologia são as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) pelo fato de causarem graves consequências na saúde, economia e sociedade em vários países, principalmente, por afetar grande número de pessoas em idade reprodutiva. A introdução das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação faz-se necessário para otimizar o processo de ensino-aprendizagem, pois por meio delas é possível desenvolver novas metodologias para o ensino de Biologia. Nesse cenário, o trabalho teve como objetivo criar um aplicativo com informações, de forma contextualizada e criativa, como recurso didático digital, para auxiliar docentes de Biologia e alunos do Ensino Médio no processo de ensino-aprendizagem sobre algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s): AIDS, Sífilis, Tricomoníase e Herpes, mostrando suas manifestações clínicas, formas de transmissão e de prevenção, tratamento e prognóstico. A metodologiautilizada na pesquisabaseou-se em umestudo quali-quantitativo no qual foi desenvolvido um aplicativo educacional, pelo professor pesquisador, e disponibilizado para download na loja de aplicativos Play Store, podendo ser utilizado sem a necessidade de internet. Para o desenvolvimento do trabalho foram realizadas as seguintes etapas: desenvolvimento do aplicativo; elaboração de atividades de caráter investigativo; aplicação das atividades em sala de aula e, por fim, aplicação deum questionário onde as perguntas versaram sobre a contribuição do aplicativo no processo ensino-aprendizagem sobre as IST’s trabalhadas. Aspectosquantitativosforamanalisadosapartirdos dadoscoletadosesustentados por argumentaçõesteóricas. Eles mostraram que o aplicativo pode ser capaz dedespertar a curiosidade e o interesse dos educandos, sendo uma ferramenta motivadora para a aprendizagem dos alunos, podendo ser integrado, como recursodidático, àsmetodologias ativas, pois possui uma interface dinâmica e interativa contribuindo de forma significativa para aprendizagem.

A literatura de cordel se caracteriza como um recurso de grande valor para divulgação e propagação da identidade cultural de um povo. Esse recurso pode se tornar um aliado do professor em sala de aula para trabalhar os conhecimentos científicos, contribuindo assim para tornar o ensino mais lúdico e próximo da realidade do contexto cultural do aluno. A partir das observações feitas no cotidiano nas aulas de Biologia na Escola de Ensino Médio Tempo Integral São Pedro, percebeu-se que os alunos sentiam muita dificuldade de aprender termos científicos de Biologia. Esses termos são motivo de erro em grande parte das questões de Biologia nas provas de vestibular e ENEM. Com o intuito de melhorar o entendimento dos alunos sobre esses termos, o presente estudo teve como objetivo elaborar cordéis como recurso didático para trabalhar o conteúdo Citologia, O estudo tem abordagem metodológica da pesquisa qualitativa e foi desenvolvido com alunos da EEMTI São Pedro, localizada na sede do município de Caririaçu-CE. Participaram do estudo 25 (vinte e cinco) alunos, que estavam cursando à 1ª, 2ª ou 3ª série do ensino médio. A produção e a aplicação dos cordéis foi feita através de sequências didáticas abordando os seguintes temas: o que é literatura de cordel, sua história e sua estrutura. Logo após, foram desenvolvidos cordéis sobre alguns assuntos de citologia como: visão geral da célula, membrana plasmática e citoplasma; respiração celular, fermentação, fotossíntese e quimiossíntese e núcleo, cromossomos, ácidos nucléicos e divisão celular. Os resultados indicam que os cordéis produzidos sobre os assuntos por eles abordados, contribuíram significativamente no processo de ensino aprendizagem do conteúdo de citologia. Com a pesquisa foi possível identificar que o cordel mostrou-se um ótimo recurso didático para o ensino de citologia, além disso, essa ferramenta contribuiu para que os alunos participantes do estudo, exercitassem suas capacidades para a criação e elaboração desse gênero textual.

A genética se destaca nas ciências biológicas como um campo que continua se expandindo e ganhando visibilidade. No entanto, a compreensão dos processos genéticos depende de fundamentos e muitas vezes são negligenciadas e/ou abordada de forma ineficaz na escola, levando a uma assimilação superficial de conceitos científicos pelos alunos. Alguns desafios são enfrentados no processo de ensino em Genética como, a complexidade dos termos e a maneira abstrata em que são trabalhados, o envolvimento da matemática e o excesso de aulas expositivas dialogadas. Dessa forma, fornecer materiais com novas estratégicas de ensino para os professores diante de suas carências, possibilitando que trabalhem de uma maneira mais lúdica e fazendo o uso de alternativas metodológicas surgem como caminhos para desmistificar o ensino em Genética como um tema difícil de aprender/ensinar. Rever e renovar as práticas pedagógicas são atitudes de fundamental importância para o crescimento do aluno, pois contribuem de forma decisiva para um ensino de qualidade. Partindo do princípio de inovar e aperfeiçoar novas estratégias de ensino, o trabalho objetiva desenvolver um novo software educacional DNA-EVOLUTIO como metodologia diferenciada para se trabalhar Genética no ensino médio, destinado a viabilizar o aprendizado de maneira efetiva, e proporcionar aulas mais atrativas, interativas e dinâmicas, tornando o ensino-aprendizagem mais significativo. O uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) traz novos contornos para a realidade de ensino e aprendizagem.

Aula expositiva não é suficiente para suprir as necessidades do ensino e a busca por novas metodologias torna-se cada vez mais necessária para possibilitar uma participação ativa do educando nas atividades propostas. O ensino por investigação é uma estratégia que permite o aluno observar, questionar e compreender através de situações problema, o conteúdo trabalhado em sala. Esse método permite uma participação ativa do aluno no processo de ensino aprendizagem. O objetivo do trabalho foi criar uma cartilha como material de apoio na disciplina de biologia, facilitando a abordagem dos assuntos nas áreas de biologia celular, molecular e microbiologia, na perspectiva do ensino investigativo, contribuindo para alfabetização científica. A metodologia também contribui para o desenvolvimento de habilidades que facilitem a aprendizagem, permitindo a formação de sujeitos críticos. A cartilha foi disponibilizada para egressos e mestrandos do ProfBio/UERN, para avaliação do produto e foram aplicadas juntos aos alunos da Escola E. E. E. P. Professora Maria Célia Pinheiro Falcão aulas da cartilha para a validação. Os resultados mostram que os professores conhecem o método científico, as atividades investigativas e alguns já aplicam nas aulas, mas existem barreiras que dificultam o planejamento e execução dessas atividades, como o pouco tempo para planejamento, falta de local e material didático, esses são alguns dos relatos dos professores. Os alunos que participaram ativamente das aulas e demonstraram segurança e avaliaram as aulas como mais participativas e “legais”. Podemos concluir que trabalhar o ensino investigativo em sala estimula os alunos a identificar problemas no seu dia a dia, podendo aplicar as etapas do método científico, fazendo pesquisas, levantando hipóteses, testando e contribuindo para a melhoria da sociedade. Levar o aluno a conhecer o método científico possibilita uma compreensão e apropriação da cultura científica, entendendo a ideia e conceitos tecnológicos para que, assim, possa fazer ciência. Por fim, espera-se que os discentes consigam apropriar-se dos processos científicos, facilitando sua compreensão dos métodos utilizados na Ciência.

A sequência didática é uma ferramenta que pode ser utilizada no dia a dia da sala de aula para facilitar nos momentos que a antecedem, promovendo dessa forma um melhor uso do tempo do professor para planejamento. Nota-se pelo menos 3 grandes dificuldades na elaboração das aulas expositivas no ensino da botânica, são elas: as nomenclaturas utilizadas nos livros de botânica por vezes são técnicas e no idioma latim, o que, no dia a dia dificulta a compreensão; para um mesmo fenômeno na botânica existem vários nomes; a base educacional dos alunos muitas vezes não abordou o tema, fazendo com que eles cheguem no ensino médio com entendimento primário. O presente trabalho tem como objetivo geral construir essa ferramenta para auxiliar no ensino da morfologia vegetal, inserido no conteúdo da botânica, propondo uma atividade que os professores e alunos possam entender de forma mais prática o conteúdo abordado. Seus objetivos específicos estão divididos em: investigar tipos de aulas dinâmicas já disponíveis na internet sobre a morfologia vegetal e elaborar uma atividade de morfologia vegetal que promova maior investigação e protagonismo dos alunos. Através de uma metodologia de natureza bibliográfica, de caráter exploratório e de revisão literária, a partir da qual será buscado e construído uma sequência didática com o objetivo de melhorar o entendimento dos alunos acerca da temática. Após a pesquisa bibliográfica acerca da morfologia vegetal, elaborou-se uma sequência didática que tem por objetivo o protagonismo do aluno no aprendizado. A sequência didática construída propõe que os alunos se dividam em seis grupos, cada grupo abordará um órgão vegetal específico - raiz, caule, folha, semente, flor e fruto – os alunos irão produzir um mural com o órgão vegetativo sorteado e elaborar um vídeo de curta duração sobre a importância das plantas, este deverá também falar da morfologia do órgão vegetal correspondente ao seu grupo, analisando a anatomia, e descrevendo as funções de cada órgão. Sugere-se também que se faça uma aula prática no laboratório ou na sala de aula, onde os alunos poderão conhecer e revisar cada elemento da morfologia vegetal e sua função através de amostras de espécimes. Espera-se obter com esta sequência uma melhoria no entendimento dos alunos acerca do tema, uma vez que, ela se propõe a colocar o aluno como centro do seu aprendizado, trazendo uma ferramenta audiovisual como forma de incentivo a este estudo.

A Biologia Celular assume papel importante dentro do ensino da Biologia, por abordar temas que são essenciais para o entendimento de outros conteúdos e a base conceitual para compreensão de fenômenos relacionados a vida, mas a abordagem deste tema encontra diversos obstáculos didáticos, tais como conceitos abstratos, termos científicos e linguagem complexa, tornando difícil o entendimento pelos discentes. O objetivo do trabalho foi produzir um manual de sequências didáticas que se constitua em apoio pedagógico para o professor do Ensino Médio no ensino daBiologia Celularnaperspectiva deumaaprendizagemefetiva. Foram elaboradas 6 (seis) sequências didáticas, levando em conta o protagonismo dos discentes, propondo atividades em grupos, aulas práticas, situaçãoproblema, questões norteadoras, construção de modelos didáticos, jogos, uma vez que ludicidade pode proporcionar oeloentreo discente eoconhecimento. O dinamismo provocado pela utilização de vários recursos didáticos, promove um maior envolvimento dos discentes no ensino aprendizagem.

No ensino de Biologia, a compreensão da Evolução biológica é fundamental, mas, infelizmente não recebe a devida importância. Alguns desafios permeiam o tema, quando ao ensino e aprendizagem: a incompreensão do conteúdo, a escassez de material, a abordagem nos livros didáticos, o desinteresse dos alunos e a conflitos com dogmas religiosos. Além de ser o eixo integrador das Ciências Biológicas, esse tema permite ao estudante o desenvolvimento de muitas habilidades e competências, sendo essencial ministrá-lo em sua totalidade. Esse TCC teve como objetivo o desenvolvimento de um jogo computadorizado como uma ferramenta educacional com a aprendizagem. O jogo é totalmente gratuito, com práticas de ensino que contribuíram para uma maior motivação no ensino de Evolução Biológica, possibilitando aulas mais dinâmicas, facilitando ainda mais a compreensão sobre o estudo das principais evidências evolutivas. A aplicação do jogo resultou em uma melhor compreensão das principais evidências evolutivas. Além disso, o jogo impulsionou as seguintes questões investigativas: dado que a evolução é sustentada por diversas evidências de que as espécies sofrem modificações ao longo do tempo geológico, quais são esses processos? Qual é a contribuição dessas evidências para o estudo da evolução biológica? A utilização do jogo como aliado das práticas educativas, proporcionou maiores níveis de motivação e compreensão dos temas que envolvem a área de evolução biológica.

Os jogos didáticos são ferramentas metodológicas que vêm ocupando espaço nas escolas com aceitação de docentes e discentes por dinamizar o processo de ensino e aprendizagem. Porém, muitas escolas não disponibilizam dessa ferramenta ou estão em péssima condição de uso. O presente trabalho teve por objetivo a construção de um jogo educativo produzido e avaliado pelos estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Daniel Gurgel, situada no município Janduís/RN. Este foi confeccionado pelos educandos do 3° ano, após a realização de uma atividade na qual os alunos, em equipe, foram instigados a sugerir propostas de jogos e, a partir dessas sugestões, foi elaborado, coletivamente, um modelo definitivo. Foi priorizado a utilização de materiais de baixo custo financeiro, fácil manuseio e acesso. Ao término, os participantes responderam um questionário para averiguar a experiência de confecção de um recurso educativo. Para testá-lo três turmas dos 2°anos receberam, de forma aleatória, tratamentos divergentes, distribuídas da seguinte forma: 1. Abordagem do tema apenas com a aula expositiva; 2. Abordagem do tema utilizando apenas o jogo previamente confeccionado; 3. Abordagem do tema com aula expositiva e o jogo. O impacto das metodologias foi averiguado por meio da comparação das respostas dos estudantes ao mesmo questionário aplicado antes e pós as atividades referidas. Nas turmas que utilizaram o jogo, um questionário adicional foi utilizado para avaliar essa vivência e coletar sugestões para aprimorar o recurso. Os resultados obtidos constataram que ao produzir um recurso didático os educandos são contemplados com diversos benefícios que os coloca na posição de protagonistas do seu próprio aprendizado. O melhor tratamento é quando há uma associação de aula expositiva com o jogo, mas esse recurso em si tem uma eficácia na aprendizagem semelhante a aula convencional, com um diferencial, ao utilizar estratégias metodológicas diferentes das aulas tradicionais, a aula torna-se mais participativa e atrativa. Nesse sentido, evidenciou-se a relevância da inserção de ferramentas lúdicas educativas na sala de aula, mediada por um educador, para potencializar o processo de ensino aprendizagem

A atual sociedade demanda de novas habilidades e competências a formação cidadã como, comunicação digital, trabalho em equipe, pensamento crítico, criatividade e capacidade de resolução de problemas, domínio de tecnologias digitais, dentre outra. Nas disciplinas de Ciências e Biologia, os conteúdos são abordados de forma expositiva e teórica, o que impossibilita o contato contextualizado entre o objeto de estudo, conhecimentos científicos e a realidade dos alunos. Para tanto, à escola e aos professores possuem novos desafios: construir espaços e estratégias de ensino e aprendizagem inovadoras, dinâmicas, vivas e ativas. E atendendo a essas novas necessidades, surgem estratégias educacionais mediadas por tecnologias e por metodologias ativas, que têm como premissa a articulação da teoria com a prática, a realidade e a contextualização, com o objetivo de tornar o aluno protagonista do seu desenvolvimento e da construção do seu conhecimento. O presente trabalho teve como objetivo a construção de uma Guia Didático para o ensino de Genética, biologia celular e biologia molecular, cujo enfoque é fornecer orientação prática para os professores de Biologia do Ensino Médio, constituindo-se como uma possível ferramenta orientadora para aplicação e análise de atividades investigativas em aulas de biologia, contribuindo para compreensão dos conteúdos e melhoria das aulas. Seu público-alvo são alunos do 1° e 3° ano do Ensino Médio. Com o intuito de aprimorá-lo, o guia foi enviado a 30 professores de Biologia do Ensino Médio, dentre alunos e ex-alunos do Programa de Mestrado profissional em biologia - PROFBIO para que avaliassem respondendo a umquestionário composto de perguntas objetivas e subjetivas através do Google Forms, com foco em: “Viabilidade do Guia Didático para aplicação em aulas de genética e biologia molecular”. O resultado foi tido, de um modo geral, as sequencias didáticas estão claros e bem viáveis para aplicação, de fácil utilização nas aulas e inclusivos. Podemos concluir que oGuia didático apresenta-se como um instrumento auxiliar importante, junto aos professores, com metodologias ativas diversificadas, onde o discente seja protagonista da sua aprendizagem, com o professor estimulando a curiosidade e dando autonomia ao aluno, onde a investigação seja a resolução de problemas advindos de práticas investigativas ou mesmo do seu cotidiano, tendo a partir disso um aprendizado colaborativo.

Este trabalho aborda o uso tecnológico aliado aos estudos sobre o bioma Caatinga e educação ambiental por base de uma trilha ecológica didática virtual. É sabido que a compreensão sobre educação ambiental propicia um grande avanço do conhecimento e da interação entre o homem e o meio ambiente, porém com o constante avanço tecnológico se faz necessário novas alternativas para tornar o ensino de biologia mais atrativo para o aluno, aproximando assim a sala de aula da sua realidade. Assim como a utilização de novas estratégias torna a busca pelo conhecimento mais atrativa, igualmente importante é o conhecimento, por parte dos professores, dos conteúdos abordados nos livros didáticos para que assim possam se manter sempre atualizados, bem como complementar suas aulas com informações que por ventura acabem sendo esquecidas nos livros didáticos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a produção de uma trilha ecológica virtual em que os alunos possam percorrer e reconhecer termos comuns da ecologia e aspectos ambientais da Caatinga utilizando computador ou celular, tornando assim a aula mais dinâmica e interativa. Foi realizado também uma análise dos livros didáticos do Ensino Médio Regular e do Novo Ensino Médio para se conhecer como o bioma Caatinga é retratado nestas coleções. Além disso o trabalho contém uma sequência didática para ser aplicada no bioma Caatinga. Como resultado encontramos que, mesmo com a mudança de currículo, o bioma caatinga ainda é representado com poucas informações, passando a ideia de um bioma pobre, seco, com pouca biodiversidade de fauna e flora. Podemos concluir que apesar do livro didático ser ainda o recurso mais comum utilizado pelos professores, o uso de uma trilha virtual se faz necessário para contornar alguns problemas encontrados nas trilhas presenciais e também que não houve muita mudança em termos de conteúdo sobre a caatinga com a implantação do novo ensino médio