A Erythrina velutina, é uma árvore nativa do Brasil, conhecida por suas propriedades
medicinais e encontrada facilmente no Nordeste do país, planta essa rica em alcalóides e
flavonóides. O extrato etanólico da Erythrina velutina tem ganhado cada vez mais espaço,
principalmente pelo seu potencial ansiolítico. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi
avaliar o potencial antibacteriano do extrato das folhas do Mulungu (Erythrina velutina) em
cepas de bactérias que causam diversas patologias aos seres humanos. Para isso, foram obtidos
extratos das folhas da planta em bom estado, livres de qualquer deficiência e/ou com indícios
de parasitismo, as quais foram catalogadas e etiquetadas em sacos plásticos para posterior
processamento em laboratório. As folhas das espécies, passou por inúmeros processos para
conseguir chegar ao resultado final do extrato bruto, na qual foi utilizado para avaliar a
atividade antibacteriana das folhas da E.velutina frente as cepas clínicas. As cepas bacterianas
utilizadas foram provenientes de coleções padronizadas American Type Cell Culture (ATCC),
devidamente caracterizadas morfologicamente, fisiologicamente e bioquimicamente, realizados

com bactérias Gram positivas: Staphylococcus saprofíticos, Staphylococcus aureus, e Gram-
negativas: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Proteus vulgaris e Klebsiella

pneumoniae. Inicialmente todas as cepas foram reativadas em caldo Brain Heart Infusion –BHI
por 24 h paraobter turvação equivalente ao padrão 0,5 da escala Mac Farland o que corresponde
a uma concentração de aproximadamente 1,5 x 108 UFC/mL. Posteriormente, foram utilizados
antibiótico para uso do controle positivo (C+) para inibição do crescimento bacteriano e, como
controle negativo, 20 μL de água destilada. Para análise do potencial antibacteriano dos
extratos, foi utilizada a técnica do poço com modificações. A leitura dos resultados seu deu por
meio da verificação dos diâmetros dos halos em millimetros (mm), formados ao redor dos
poços contendo os extratos. Referente ao extrato da Erythrina velutina, foi analisado que não
houve sensibilidade antimicrobiana nas cepas, pois não houve crescimentos dos halos nas
placas de petri, em nenhuma das concentrações que houve diluição do extrato sólido (4, 8, 16 e
32 mg. mL-1). Durante a execução da etapa experimental, foi percebido que houve
sensibilidade antimicrobiana apenas no grupo de controle positivo (C+). Diante disso, foi
possível analisar que não sensibilidade antibacteriana em nenhuma das cepas testadas,
podendo-se concluir que de acordo com a metodologia utilizada nesse trabalho, a Erythrina
velutina não apresentou potencial antimicrobiano frente as cepas testadas dentro das
concentrações utilizadas, assim, só foi possível observar sensibilidade frente aos antibióticos
utilizados para o grupo controle. No entanto, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas
afim de investigar se há potencial antibacteriano de extratos feitos a partir de outras partes da
planta, afim de corroborar os dados com os estudos já existentes na literatura e os achados
nessa pesquisa.