CIDADES MÉDIAS E O DESENVOLVIMENTO NO SEMIÁRIDO: UMA ANÁLISE DE MOSSORÓ-RN A PARTIR DE INDICADORES DE CIDADES INTELIGENTES
Smart city, ranking, indicadores urbanos.
Desde 2009, a maior parte da população mundial vive em cidades, mas os recursos urbanos não são suficientes para comportar esse crescimento. Para enfrentar esse desafio, a adoção do conceito de cidades inteligentes surge como uma solução para melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento sustentável. Em 2015, a Organização das Nações Unidas estabeleceu a Agenda 2030, com 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, e o Brasil, em 2016, assinou a Nova Agenda Urbana, comprometendo-se com uma abordagem de cidade inteligente adaptada ao contexto nacional. Como ação concreta desse compromisso, foi publicada, em 2021, a Carta Brasileira Cidades Inteligentes. As cidades médias brasileiras, com populações entre 100 mil e 500 mil habitantes, destacam-se por seus potenciais específicos, como melhores condições imobiliárias e menores problemas urbanos comparados a grandes centros. Este estudo foca em analisar o quão Mossoró é uma cidade inteligente a partir de indicadores do Connected Smart Cities (CSC). A pesquisa qualitativa será conduzida em três etapas: revisão bibliográfica, análise de dados secundários do ranking CSC e estudo de caso de Mossoró. O CSC avalia cidades brasileiras por meio de 74 indicadores em 11 eixos temáticos, incluindo mobilidade, meio ambiente, tecnologia e governança. O estudo visa identificar potencialidades, fragilidades e boas práticas para apoiar estratégias integradas de desenvolvimento urbano inteligente, podendo servir como referência para outras cidades médias do semiárido.