INCLUSÃO NO TERRITÓRIO: PERSPECTIVAS E AÇÕES PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA VI REGIÃO DE SAÚDE DO RN
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. INCLUSÃO SOCIAL. POLÍTICA PÚBLICA. SAÚDE PÚBLICA. ATENÇÃO À SAÚDE
As abordagens acerca das políticas públicas de inclusão para as Pessoas com Deficiência –
 PCD, têm despertado a atenção ao longo dos tempos, de modo que o processo de
 operacionalização em saúde visa implementar ações em serviços que assistam e garantam o
 acesso igualitário à população. Desse modo, a política nacional de saúde da PCD, através do
 plano dos direitos, “viver sem limite”, se torna a principal aliada no empenho da equiparação das
 oportunidades no desenvolvimento e efetivação das práticas governamentais em cada território,
 voltadas ao acesso à saúde, inclusão, acessibilidade, educação e assistência social. Por meio
 de um estudo de campo, com caráter exploratório e qualitativo, o objetivo geral desse estudo foi
 desenvolver uma pesquisa com o intuito de analisar como se constitui a rede de atenção das
 pessoas com deficiência com vistas à inclusão no território da VI Região de Saúde do RN. Os
 objetivos específicos, buscaram identificar as políticas de inclusão (saúde, assistência social e
 educação) para as pessoas com deficiência no território nacional, estadual e dos municípios da
 VI região de saúde do RN; e caracterizar o contexto, pactuações e percepções dos gestores de
 saúde envolvidos no território na perspectiva da inclusão da pessoa com deficiência. Foi
 aplicado de forma virtual um questionário na plataforma Google Docs, obedecendo os critérios
 éticos e sanitários vigentes no estado, além de um levantamento de dados secundários
 disponíveis na plataforma do conselho nacional de secretários de saúde – CONASS, para
 obtenção dos planos (nacional e estadual), e dos planos de assistência social e de educação do
 governo do RN. No que concerne aos sujeitos, tivemos a representação de 10 gestores das
 pastas municipais de saúde da respectiva região. Os resultados apontam uma realidade
 bastante precária no que diz respeito a implementação de procedimentos previstos para às
 PCD, onde, na área da saúde esses estão relacionados ao acesso nos serviços desenvolvidos
 através do Centro Especializado em Reabilitação - CER IV, em um município polo da região
 (Pau dos Ferros), abordando então, o processo reabilitatório daqueles que tem alguma
 deficiência definitiva ou de médio e longo prazo, que necessitam dessa rede de cuidados. Na
 Assistência social, as condutas se enquadram nas ações do Benefício de Prestação Continuada
 – BPC, e no acolhimento nos centros de referência CRAS e CREAS. No que diz respeito a
 esfera educacional, as práticas estão inseridas nas salas de Atendimento Educacional
 Especializado – AEE, entretanto, ainda não igualam os direitos para os alunos com deficiência
 em um estado que possui um quantitativo elevado desses matriculados na educação básica,
 além de poucas instituições que ofertam o acesso ao ensino. Conclui-se que, existe um número
 reduzido sobre estudos elaborados com essa perspectiva na região, além falta de incentivo e qualidade nas poucas condutas que ainda são desenvolvidas. Do ponto de vista procedimental, um dos principais motivos observados pela carência dessas ofertas é a rotatividade política partidária, que acaba influenciando diretamente nos serviços e na vida dos usuários. Assim, sugere-se a consolidação de práticas voltadas a integração de um trabalho pactuado em rede, articulando os atores sociais e reforçando a necessidade de um planejamento fundado no processo de territorialização voltado a coletividade