REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NA VI REGIÃO DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO NORTE: AVALIAÇÃO DA COBERTURA ASSISTENCIAL NO TERRITÓRIO
Saúde Mental; Política Pública; Territorialidade; Desenvolvimento Sustentável.
O estudo teve como objetivo geral analisar como se estrutura a RAPS e sua relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na VI Região de Saúde do Rio Grande do Norte. Objetivos específicos: Investigar as evidências científicas a partir do diálogo entre territorialização, vulnerabilidade e ODS; verificar a composição e articulação intersetorial da RAPS previstas nos Planos Estadual e Municipais de Saúde na VI Região de Saúde; compreender a relação da integralidade na atenção à saúde mental com os ODS (3, 6); Elaborar um mapa sinalizando as Pactuações Intermunicipais existente entre os municípios da RAPS na VI Região de Saúde e as implicâncias para a saúde mental; Tratou-se de um estudo descritivo e documental com abordagem qualitativa, realizado em 05 municípios da VI Região do RN e teve como participantes do estudo os secretários de saúde e os profissionais da RAPS, totalizando 17 participantes. Dessa forma, a coleta consistiu na realização de uma entrevista bem como na aquisição dos planos municipais de saúde. Assim, para análise dos dados foi adotada a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Em relação resultados esses foram organizados em 03 subtópicos. O I) subtópico contempla um artigo intitulado: Vulnerabilidades Sociais do Território e o Impacto na Saúde Mental: Revisão Integrativa; II) é composto por 03 categorias e 07 subcategorias e o III) contempla a elaboração de um mapa com as Pactuações Intermunicipais da VI Região de Saúde do Rio Grande do Norte e suas implicações para a saúde mental. Portanto, a hipótese de que a RAPS é restrita ao CAPS é parcialmente confirmada. Há uma supervalorização desse serviço em detrimento dos demais componentes, pela falta de capacitação profissional e prevalência de estigmas em torno desse cuidado; bem como uma concepção de saúde que valoriza o modelo hospitalocêntrico de atenção. Sendo assim, a referência e contrarreferência da rede de atenção psicossocial não ocorre, existe somente o referenciamento para os demais componentes sem haja uma continuidade formal desse cuidado. E, confirmou-se a relação das vulnerabilidades sociais do território estudado com a influência no processo saúde-doença em saúde mental, sobretudo as condições de moradia e cunho financeiro.