Banca de DEFESA: ISAAC MENDONÇA MACÊDO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISAAC MENDONÇA MACÊDO
DATA : 05/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: UERN Campus Mossoró/Online
TÍTULO:

Determinação de Distância à Grande Nuvem de Magalhães Usando Sistemas Binários Eclipsantes de Alta Mass


PALAVRAS-CHAVES:
Sistemas Binários de Alta Massa; Distâncias; Aglomerados Estelares; 30 Doradus.
 

PÁGINAS: 107
RESUMO:

A Astrofísica Moderna tem feito progressos significativos na redução das incertezas dos principais parâmetros estelares, como massa, raio, luminosidade e temperatura efetiva. Isso tem permitido uma melhor compreensão da física das estrelas e da formação e evolução de aglomerados estelares (Lada and Lada, 2003; Porras et al., 2003). Ainda assim, medir distâncias se mantêm fundamental e desafiador, tendo impacto direto na Cosmologia Moderna. Super novas do tipo Ia (SNs Ia) e Cefeidas são velas padrões comuns usadas e reportadas na literatura. A primeira é usadas para determinar distâncias de galáxias próximas às mais distantes. A segunda, é calibrador fiel da primeira, estando elas na mesma região. Neste contexto, os sistemas binários eclipsantes (SBEs) se mostram indicadores de distâncias precisos e competitivos em escalas do universo local, sendo as estrelas de alta massa crucias dada sua alta luminosidade. Desta forma, o interesse central deste trabalho parte em obter uma medida de distância à região de 30 Dourados, que faz parte da Grande Nuvem de Magalhães (GNM), usando 5 sistemas binários eclipsantes de alta massa e buscando compreender a dinâmica dos aglomerados nesta região. Para isso usamos dados de fotometria Optical Gravitational Lensing Experiment (OGLE, Udalski et al., 1992; Udalski, 2004; Udalski et al., 2008) e de espectroscopia dos levantamentos VLT FLAMES-Tarantula e Tarantula Massive Binary Monitoring (VFTS and TMBM, Evans et al., 2011; Almeida et al., 2017). A análise conjunta desses dados é realizada com o código Wilson-Devinney (WDC, Wilson and Devinney, 1971) combinado com a técnica da Cadeia de Markov de Monte Carlo (MCMC, Foreman-Mackey et al., 2013), com o intuito de buscar os melhores parâmetros físicos e geométricos das binárias da nossa amostra. Para a distância, obtivemos d = 49.55 ± 1.7 kpc e d = 49.55 ± 1.6 kpc quando considerado a amostra global e parcial, para as regiões dos aglomerados NGC 2070 e NGC 2060. Esse resultado indica uma concordância significativa com os resultados obtidos por Pietrzynski et al. (2013, 2019). Dois, VFTS 352 e VFTS 061, dos 5 sistemas analisados mostram distâncias discrepantes dos valores obtidos para objetos que fazem parte de NGC 2070 ou NGC 2060, indicando que eles ou nasceram fora ou foram ejetados desses aglomerados. Dos cinco sistemas analisados, três mostram velocidades sistêmicas compatíveis às regiões NGC 2070 ou NGC 2060, VFTS 500 (γ = 269.50^{+0.90}_{-0.86}), VFTS 176 (γ = 260.26^{+1.94}_{-1.98}), VFTS 352 (γ = 265.34^{+2.15}_{-2.13}), e dois,  o VFTS 661 (γ = 286.41^{+1.91}_{-1.90}) e VFTS 061 (γ = 284.46^{+1.43}_{-1.44}), são candidatos à sistemas fugitivos. Esses últimos resultados estão em acordo com os obtidos por Sana et al. (2022). Os cenários possíveis que justificam a fuga desses sistemas, dada às subpopulações da GNM, são: ejeção binária, devido interação gravitacional da companheira; ou ejeção dinâmica, quando a expulsão do aglomerado é devido interações gravitacionais com outras estrelas. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 834.678.405-82 - LEONARDO ANDRADE DE ALMEIDA - UFRN
Interna - 8072 - MARIA ALDINÊZ DANTAS
Interno - 013.703.064-90 - MACKSON MATHEUS FRANÇA NEPOMUCENO - UFERSA
Externo à Instituição - PEDRO DA CUNHA FERREIRA - UFRN
Externo à Instituição - PAULO CÉSAR DA ROCHA POPPE
Notícia cadastrada em: 07/06/2024 17:14
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