Banca de QUALIFICAÇÃO: SARA LOUISE AQUINO ALMEIDA PEIXOTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SARA LOUISE AQUINO ALMEIDA PEIXOTO
DATA : 21/07/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Ambiente virtual
TÍTULO:

A EDUCAÇÃO DA IMAGINAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA ARISTOTÉLICA NO ENSINO DE FILOSOFIA


PALAVRAS-CHAVES:

Imaginação; Imagens; Sentidos; Percepção sensorial; Educação; Conhecimento.


PÁGINAS: 94
RESUMO:

Ao realizar a leitura de contos de fadas para alunos de Ensino Médio, como professora de Filosofia, vi não apenas o gosto que tinham pelo momento, como também os contributos que os mesmos tinham a oferecer na formação da consciência filosófica por apresentarem a realidade em sua amplitude. Depois de uma acurada leitura aproximativa de textos filosóficos, chegamos a uma asserção de que a imagem pode ser propiciadora ou obstáculo ao conhecimento. A presente dissertação busca, através da análise da obra Da Alma de Aristóteles, não apenas conceituar o que é a imaginação e como a mesma é uma condição para o conhecimento, nem somente caracterizar as demais faculdades da alma que serão elencadas junto as suas funções, dentro da psicologia e epistemologia do estagirita, mas também através da compreensão desse processo, entender a importância de educarmos nossa imaginação com boas imagens e usá-las como recurso no Ensino da Filosofia e no conseguinte desenvolvimento dos jovens através do conhecimento dos universais. Na primeira parte desse trabalho, a partir da leitura de Aristóteles, procuramos desenvolver nossa hipótese de que há um processo de apreensão interna do saber humano, que precisa ser respeitado a ponto dos projetos educacionais deverem se basear nele. Procuraremos atualizar a questão proposta a partir do estagirita, recorrendo ao pensamento de dois filósofos/poetas, G. K. Chesterton e C. S. Lewis, no que diz respeito à importância da phantasia/imaginatio. Segundo esses escritores contemporâneos, há loucura, fuga da realidade e descompromisso com o ser nas culturas racionalistas e idealistas dos séculos atuais, em grande contraste do que ocorre com a literatura fantástica ligada ao que chamam de “contos de fadas”. Com efeito, o homem moderno adquiriu rompantes de loucura, segundo a Ortodoxia de G. K. Chesterton (2018). Essa loucura o faz rejeitar o universo e criar uma realidade paralela para si, segundo uma estrutura de pensar que se encontra privada de uma fundamentação nos primeiros princípios. Ao contrário, os contos de fadas são ricos de razoabilidade, por se basearem em princípios universais como a verdade (ser), a coerência (lógica), a justiça (ética) e a beleza (estética), temas centrais no estudo filosófico. De C. S. Lewis nos aproximamos de obras como A imagem descartada (2015), O peso da glória (2017), e de seu opúsculo A abolição do homem (2005), objetivando pensar uma educação do homem que valorize o cultivo da imaginação. Os pensamentos de Chesterton e Lewis comporão a segunda seção dessa dissertação. Por fim, em uma terceira parte da dissertação, essas discussões inspirarão uma pesquisa-ação, a ser realizada como seminários, conforme preconizados por Mortimer Adler (2014), descritos em seu texto Como falar, como ouvir, objetivando a utilização de textos fantásticos (mitos e contos de fadas) para a introdução à filosofia de estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Médio. Os textos serão lidos, inicialmente, em voz alta para, em seguida, servirem de base de discussão de problemas filosóficos ligados a subáreas da Filosofia, às quais os mesmos textos nos conduzem.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALBERTO LEOPOLDO BATISTA NETO - UFRN
Interno - 4891 - GALILEU GALILEI MEDEIROS DE SOUZA
Presidente - 8095 - LOURIVAL BEZERRA DA COSTA JÚNIOR
Notícia cadastrada em: 29/06/2023 20:11
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