Banca de DEFESA: SARA LOUISE AQUINO ALMEIDA PEIXOTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SARA LOUISE AQUINO ALMEIDA PEIXOTO
DATA : 18/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente virtual
TÍTULO:

A EDUCAÇÃO DA IMAGINAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA ARISTOTÉLICA NO ENSINO DE FILOSOFIA


PALAVRAS-CHAVES:

Imaginação; Imagens; Sentidos; Percepção sensorial; Educação; Conhecimento.


PÁGINAS: 183
RESUMO:

 

Ao realizar a leitura de contos de fadas para alunos de Ensino Médio, como professora de Filosofia, vi não apenas o gosto que tinham pelo momento, como também os contributos que esses textos tinham a oferecer na formação da consciência filosófica, por sua apresentação imaginativa da realidade. Depois de uma acurada leitura aproximativa de textos filosóficos, chegamos a uma asserção de que a imagem pode ser propiciadora ou obstáculo ao conhecimento e de que a imaginação é veículo de interpretação das imagens. A presente dissertação busca, através da análise da obra Da Alma e de alguns outros textos de Aristóteles, não apenas conceituar o que é a imaginação e como a mesma é uma condição para o conhecimento, nem somente caracterizar as demais faculdades da alma que serão elencadas junto as suas funções, dentro da psicologia e epistemologia do estagirita, mas também através da compreensão desse processo, entender a importância de educarmos nossa imaginação como recurso ao Ensino da Filosofia. Na primeira parte desse trabalho, a partir da leitura de Aristóteles, procuramos desenvolver nossa hipótese de que há um processo de apreensão interna do saber humano, que precisa ser respeitado a ponto dos projetos educacionais deverem se basear nele. Procuraremos atualizar a questão proposta a partir do estagirita, recorrendo ao pensamento de dois filósofos/poetas, G. K. Chesterton e C. S. Lewis, no que diz respeito à importância da phantasia/imaginatio. Segundo esses escritores contemporâneos, há loucura, fuga da realidade e descompromisso com o ser nas culturas racionalistas e idealistas dos séculos atuais, em grande contraste com o que ocorre com a literatura fantástica ligada ao que chamam de “contos de fadas”. Com efeito, o homem moderno adquiriu rompantes de loucura, segundo a Ortodoxia de G. K. Chesterton (2018), que o faz rejeitar o universo e criar uma realidade paralela para si, segundo uma estrutura de pensar em que a razão moderna impõe um fosso entre o mundo que imagina e os princípios do ser. De C. S. Lewis nos aproximamos de obras como A imagem descartada (2015), O peso da glória (2017), e de seu opúsculo A abolição do homem (2005), objetivando pensar uma educação do homem que valorize o cultivo e exercício da imaginação, segundo as raízes mais profundas da experiência comum. A partir desses dois autores, procura-se explicitar como os contos de fadas clássicos são ricos de razoabilidade, porque são fruto de uma imaginação que se dispõe a intermediar a experiência do real e a razão, segundo uma tradição alimentada pelo senso comum, revalorizado por Aristóteles, Chesterton e Lewis. Por fim, na última seção da dissertação, essas discussões inspirarão uma pesquisa-ação, a ser realizada como seminários, conforme preconizados por Mortimer Adler (2014), descritos em seu texto Como falar, como ouvir, objetivando a utilização de textos fantásticos (mitos e contos de fadas) para a introdução à filosofia de estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Médio. Os textos serão lidos, inicialmente, em voz alta para, em seguida, em um exercício que envolve imaginação e pensar, servirem de base de discussão de problemas filosóficos ligados a subáreas da Filosofia, às quais os mesmos textos nos conduzem.



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARKUS FIGUEIRA DA SILVA - UFRN
Interno - 4891 - GALILEU GALILEI MEDEIROS DE SOUZA
Presidente - 8095 - LOURIVAL BEZERRA DA COSTA JÚNIOR
Notícia cadastrada em: 28/02/2024 11:04
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