Análises comparativas das distribuições de tamanhos de DNA animal, vegetal e viral via estatıstica não-aditiva.
DNA, Estatıstica não aditiva, Cucurbitáceas, Inferência Bayesiana.
Em 1990, surgiu o Projeto Genoma Humano (HGP), com o objetivo de identificar todos os genes humanos, além de sequenciar completamente as bases de DNA presentes no genoma. Lembrando que o DNA carrega informação genética dos seres. Hoje, trinta anos depois, temos cem por cento do genoma humano sequenciado.
Temos muitos trabalhos que se encarregaram de analisar o DNA humano, dentre eles~\cite{provata1997,provata2007power,provata2008,marcone2019,marcone2020}, que investigam as distribuições de pares de bases presentes em nucleotídeos. Costa, M. \textit{et al.} (2019)\cite{marcone2019} e Silva, R. \textit{et al.} (2020)\cite{marcone2020} propuseram modelos probabilísticos baseados em generalizações da estatística de Boltzmann-Gibbs. Tomando-os como base, analisaremos as distribuições de comprimentos de DNA via estatística não aditiva proposta por Tsallis~\cite{tsallis1988}, não apenas para humanos, mas também para plantas, outros animais e vírus, usando éxons (parte do DNA que codifica proteína) e íntrons (parte do DNA que não codifica proteínas, mas tem um caráter importante na regulação gênica).
Considerando a importância de análises desse tipo para o desenvolvimento de técnicas de melhoramento genético de plantas e o forte impacto econômico e social que a fruticultura tem, principalmente para o oeste potiguar, decidimos analisar a distribuição dos comprimentos de DNA das cucurbitáceas, mais precisamente o melão (\textit{Cucumis Melo}) e o pepino (\textit{Cucumis Sativus}).
A inferência Bayesiana nos deu forte evidência de que a distribuição de comprimentos de pares de base para as espécies analisadas pode ser explicada por um modelo de soma de q-exponenciais do tipo de Tsallis. O índice entrópico $q$ nos fornece informação sobre as correlações entre os comprimentos. Resultados preliminares apontam para uma possível universalidade no comportamento de $q$, tanto para éxons como para íntrons e independe da subespécie. Esta análise está descrita minuciosamente neste trabalho.