Educação e Desconstrução da Opressão Social na obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada” de Carolina Maria de Jesus
Quarto de Despejo, Acesso à Educação, Opressão Social
Essa pesquisa avança na discussão da trajetória de uma mulher que vivenciou negativamente a interseccionalidade entre raça, gênero e origem social e a personificou na escrita de um livro, na forma de diário. Lendo as palavras e o mundo contextualizados na obra Quarto de Despejo: Diário de uma favelada, Carolina de Jesus produziu uma escrita com cunho de denúncia e pautado a desconstrução da opressão social. A partir das reflexões depreendidas dessa obra, temos como objetivo compreender o debate sobre o acesso à educação por pessoas de origem popular na obra Quarto de Despejo. Quanto a metodologia, fizemos uso da abordagem qualitativa por meio da pesquisa-intervenção, recorrendo a mediação da leitura da obra em sala de aula, nos termos da sequência básica de Rildo Cosson (2009). Sobre o lócus de pesquisa, realizamos em uma escola pública da rede estadual de ensino do Município de Serrinha dos Pintos - RN, com alunos pertencentes ao 2 º ano do Ensino Médio. Dos resultados, percebemos que essa pesquisa se torna necessária no contexto escolar em função do seu caráter de denúncia social, uma vez que a educação torna as pessoas sujeitos de conhecimento e, consequentemente sabedoras do valor da educação, conseguem criar caminhos de mudança. Espera-se com essa pesquisa contribuir com a problematização em sala de aula sobre as condições de desigualdade social que permeia a permanência das pessoas de origem popular em desvalia e como a educação pode ser reveladora de mudança social.