Banca de QUALIFICAÇÃO: MARISA ALANA DO NASCIMENTO BARROS E ALMEIDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARISA ALANA DO NASCIMENTO BARROS E ALMEIDA
DATA : 06/11/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Google meet- Videoconferência
TÍTULO:

PROCESSOS E MODELADOS SOB A ÓTICA DE PEQUENOS AGRICULTORES: DAS PERCEPÇÕES E RELAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NA REGIÃO IMEDIATA DE PAU DOS FERROS - RN


PALAVRAS-CHAVES:

Comunidades rurais; Geomorfologia; Conhecimento empírico; Sustentabilidade.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Os trabalhadores rurais sertanejos em sua maioria são dotados de um conhecimento geográfico próprio, aprendido com as vivências da terra, sobretudo amparado em suas bases culturais vindas de uma construção vernacular. Este saber pautado na percepção e atenção apurada da natureza o leva a criar explicações próprias e terminologias para os elementos e fenômenos que atuam no seu ambiente. Fundamentado a partir de pesquisa bibliográfica, documental e de campo, o trabalho se configura em três capítulos. Aprofundando -se no tema da etnociências, o primeiro capítulo se dedica a entender os percursos que criaram “o paradigma do conhecimento moderno” se estabelecendo como homogêneo a partir de uma perspectiva eurocentrista de explicar os problemas presentes no meio ambiente e na sociedade, historicamente criando raízes, ao passo em que se torna o saber via de produção do conhecimento científico. Do outro lado dessa dualidade encontramos o conhecimento tradicional, arraigado no saber popular de povos e povoados esquecidos, por muito tempo ocupando a margem do conhecimento moderno “válido”. À luz destes saberes, busca-se fazer uma crítica ao processo de construção do conhecimento moderno, ao passo em que apresenta novas alternativas de pesquisa coletiva. A etnociência se estabelece como um ramo das científicas relacionadas às interações homem e natureza, dando visibilidade a construção de um conhecimento científico a partir de saberes populares. Dentro desse meio destaca-se o conceito de etnogeomorfologia, relacionando os estudos do relevo as percepções de comunidades tradicionais em especial os povos sertanejos, ao modo como estes interagem e estabelecem compreensões sobre o seu ambiente físico/natural, sobre o qual adquirem experiências através da vivência. Em seguida, o capítulo dois possui uma abordagem de mais prática, objetiva analisar os etnoconhecimentos dos agricultores do Sítio Raiz, Município de Pau dos Ferros-RN; Sítio Pêga, Portalegre-RN; Sítio Agreste, São Miguel/RN; sobre as formas e processos modeladores da paisagem, bem como, usam deste conhecimento para a organização de seu espaço produtivo. O trabalho desenvolveu-se através do levantamento físico geográfico da paisagem da Depressão sertaneja potiguar e dos Maciços residuais, martins-portalegre e do pereio, como o apoio de visitas em campo e, posteriormente, com a aplicação de entrevistas semi-estruturada junto à comunidade agricultora local. Como resultados, constatou-se que estes agricultores têm um vasto conhecimento sobre os processos geomorfológicos exógenos compreendidos via a sua percepção, mas também, utilizam destes para a sua prática agropastoril, além de demonstrar um entendimento sistêmico da paisagem, pautado na relação relevo e solo. Por fim, o capítulo três dedica-se a compreender as relações socioambientais exercidas pelos agricultores, em sua percepção sobre os impactos exercidos pelas suas atuações no ambiente. Vale salientar que o capítulo se encontra em processo de escrita, há ser finalizado em tempo hábil. Acredita-se que o trabalho irá contribuir para o acervo relacionados os temas da etnogeomorfologia, visto sua carência de escrita na comunidade acadêmica nacional.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - HUGO ARRUDA DE MORAIS - UFRN
Presidente - 12825 - ANDREZA TACYANA FELIX CARVALHO
Interna - 6079 - JACIMÁRIA FONSECA DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 16/10/2023 08:47
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